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Geisy diz que haters a ajudaram a se manter na mídia e ganhar dinheiro

Felipe Abílio

Do UOL, em São Paulo

03/08/2017 04h00

Oito anos depois de virar notícia ao sofrer bullying na universidade por usar um vestido curto, Geisy Arruda diz que sofre até hoje com críticas e preconceito, mas que os usa como combustível para se manter na mídia e ganhar dinheiro.

“Como ela sobrevive? Trabalhando, não vivo de brisa e também não estou a passeio. Preconceito virou meu ganha-pão, virou minha forma de ganhar dinheiro também. As pessoas me julgam dizendo que não tenho talento nenhum, mas eu tenho muitos. Só que é mais fácil julgar”, disse em entrevista ao UOL (assista ao vídeo acima).

Em constante transformação desde que ficou famosa, a modelo conta que é criticada por suas cirurgias como próteses de silicone nos seios, lipoescultura, rinoplastia e a himenoplastia - a polêmica cirurgia íntima.

"Sou extremamente atacada, e eu conheço muitas famosas que também são pelo mesmo motivo. Quando você faz uma cirurgia plástica para melhorar sua aparência, acabou o mundo. É como se você não fosse bonita, como se fosse uma farsa. Só porque você, com seu dinheiro e por mérito e vontade sua resolveu fazer uma intervenção cirúrgica. Veem você como uma montagem. Todas as minhas cirurgias foram assumidas, não tenho vergonha de nenhuma, mas sofro muito por elas", contou.

No caso da cirurgia íntima, que causou muita repercussão, ela disse ainda que ajudou muitas mulheres que queriam informações sobre o procedimento. 

"De todas as minhas cirurgias, foi a que teve uma relevância maior. Troquei muitas indicações com seguidoras. As mulheres me procuravam para saber como era. E mudou minha vida sexual", revelou.

Geisy também lembrou a situação que passou na faculdade, quando foi hostilizada por centenas de alunos por conta de um vestido curto, e disse que hoje teria outra atitude.

“Hoje não deixaria me ofenderem e de forma alguma abaixaria a cabeça e sairia quieta. Fiquei acuada, com medo, me senti culpada. Ainda hoje existe preconceito, com as mulheres em geral. O machismo e o preconceito vem das mulheres. Não me acostumo com essa hipocrisia de as pessoas acharem que a mulher só vai ser respeitada se estiver com uma roupa comprida, se não estiver com decote”.

Solteira, ela assume que perdeu o romantismo e não quer namorar no momento. “Não romantizo, já quis muito casar, já até escolhi o vestido, agora não quero mais. Estou nos aplicativos de relacionamento, fico paquerando, mando nudes mas só não mostro a cabeça. Se tivesse boy por aplicativo, para trazer em casa tipo comida, chamava também”, disse rindo.