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João Gordo lembra quando quase morreu de overdose: "Minha mulher me salvou"

Ronnie Von e João Gordo se divertem em selfie com Pedro Bial - Reprodução/Globo
Ronnie Von e João Gordo se divertem em selfie com Pedro Bial Imagem: Reprodução/Globo

Colaboração para o UOL

01/09/2017 07h55

João Gordo recordou os momentos difíceis quando usava drogas pesadas no "Conversa com Bial" de quinta-feira (31). Ao lado de Ronnie Von, o outro convidado da noite, o vocalista da banda Ratos de Porão falou de quando tentava se matar.

"Quando eu tinha 210 quilos, eu queria morrer logo. Usava droga pesada para isso, quase consegui". O amor o salvou, conta. "Quando tive uma overdose nos anos 2000, minha esposa [Viviana Torrico] se declarou para mim. Assim, ela me salvou. Comecei a ficar com ela e estamos juntos há 16 anos", comemora.

O apresentador do "Eletrogordo", exibido no Canal Brasil, disse o que o levou a lançar sua biografia, no ano passado. "Eu tenho muita história maluca, preferi contar antes de morrer e alguém contar por mim. O que me pegou muito mesmo foi o relacionamento com meu pai, ele era militar e muito hardcore em casa. Era um quartel vezes cinco. Mas isso me ajuda a manter um relacionamento melhor e mais aberto com meus filhos".

Jabá

Ronnie Von explicou o que o levou a deixar de cantar. "Depois de uma cirurgia de cordas vocais, fiquei temeroso. Fiz tratamento, fono e fiquei legal.  Mas teve também as gravadoras, que deram tiro no pé com o jabá, já vi empresário que deu duas BMW e uma casa em Miami (em troca de divulgação do artista). Imagina Picasso pagando para você ter uma obra dele?", compara. "Sou filho de gravadora e, com a internet, esse mercado morreu de vez".

O início da carreira também foi relembrado, quando se mudou para São Paulo para tentar a carreira de cantor. "O bolso me permitia morar na boca do lixo, onde trabalhavam as moças de vida difícil. O que eu podia pagar era aquilo. Meu sonho era atravessar a rua e comer um filé, mas meu negócio era pão francês com mortadela e pão francês com ovo frito. Hoje me envolvo com gastronomia, mas não deixei de amar profundamente o pão com ovo e com mortadela"

O cantor diz que sofreu preconceito no período. "Ouvia muito: ‘o filhinho de papai está tirando de quem precisa’. Eu precisava tanto quanto. Eu não estava tirando o lugar de alguém, só queria o meu".