Eliana revela que sofreu aborto no ano passado: "A alegria tinha acabado"
Eliana revelou que chegou a engravidar em setembro do ano passado, mas sofreu um aborto espontâneo dois meses depois. Em um depoimento emocionante em primeira pessoa à revista "Veja", nesta quinta-feira (7), a apresentadora contou que planejou ficar grávida em 2016 do namorado, Adriano Ricco, mas a alegria durou pouco.
"Essa gravidez foi muito desejada desde sempre. O Adriano ainda não era pai e eu, muito feliz por já ser mãe, sabia que se fosse para ter mais um, deveria ser logo, pois já tinha cruzado a linha dos 40. Então, no ano passado, conversamos, planejamos, engravidei e comemoramos muito. A alegria, porém, acabou no segundo mês. No início de novembro tive um aborto espontâneo. Além da família e dos muito íntimos, ninguém soube nem da euforia e nem da tristeza que vivemos; do desabar do sonho".
Eliana lembra que ela e o namorado ficaram arrasados. "Aliás, pouco se fala da dor e do luto de uma gravidez interrompida. A mulher ou o casal vive isso no silêncio, no choro contido. Dois dias após a curetagem –, um processo difícil, tanto físico como emocionalmente –, eu já estava no palco, ao vivo por horas, no comando do Teleton, a maratona televisiva em prol da AACD, da qual sou madrinha". E continuou:
"Tentei sublimar a minha perda ajudando aquelas crianças com deficiência que tanto precisam e dando apoio àquelas mães tão especiais. Ninguém desconfiou de nada. Eu sorria por fora e chorava por dentro. Mas consegui cumprir o meu papel e fiquei realizada em poder colaborar".
Eliana e o namorado não desistiram de tentar outro filho e em janeiro a apresentadora estava grávida novamente, agora de uma menina que se chamará Manuela. Porém, levou um grande susto ao passar mal e quase perdeu o bebê novamente. Em março, com 14 semanas de gestação, Eliana conta que precisou passar por uma cirurgia por ter o colo do útero curto. Eliana foi operada durante quatro horas, "por meio de uma técnica robótica, menos invasiva, mas ainda assim muito delicada".
"Minha filha foi monitorada o tempo todo. Ela esteve acordada, com sinais vitais perfeitos, enquanto eu estava com duas anestesias (raquidiana e peridural) para suportar o procedimento. Eu sofri com a recuperação, mas só pensava na bebê. Deu tudo certo. A Manuela foi uma guerreira. Hoje tenho apenas a lembrança deste momento bastante tenso e as cinco cicatrizes das pequenas incisões na barriga por onde passaram as "pinças" do robô. A partir daí, achei que seria só curtir a gravidez tranquilamente como na do meu primeiro filho, Arthur, hoje com 6 anos. Daquela vez, me senti super disposta o tempo todo e trabalhei até quase a véspera do seu nascimento".
“Fiquei apavorada”
Dois meses após passar por essa cirurgia, Eliana, que já é mãe de Arthur, de 6, conta ainda que um dia depois de gravar seu programa no SBT, ela visitava uma casa acompanhada de uma corretora até que sentiu algo diferente. Ela diz que estava feliz, tinha acabado de falar com a amiga, Isabella Fiorentino, quando sentiu algo errado. A apresentadora pediu a funcionária da casa que a deixasse usar o banheiro e entrou em desespero:
“Quando vi, estava sangrando intensamente. Fiquei apavorada. Saí sem falar muito, entrei no carro e comecei a chorar. Quando resolvi ligar para minha médica e, em seguida, para o meu namorado Adriano – que estava trabalhando na Globo, no Rio – a corretora entrou no carro e viu a gravidade: minha calça jeans estava toda manchada de sangue. Eu precisava encontrar com alguém da família para me ajudar, então saí de lá dirigindo. Ao menos, não tinha dor".
"Com o auxílio da moça – que me guiava pelas ruas, pois eu não sabia para onde ir, já que me perdia pelos caminhos que conheço desde minha adolescência –, finalmente consegui chegar na casa de minha mãe. Ela já estava na rua me esperando. Orientada pela minha obstetra dei entrada no hospital em estado de emergência. Depois de uma série de exames em nós duas, veio a explicação médica: um considerável descolamento da placenta. Mais uma vez eu ficaria no hospital. Eu precisava ficar internada para monitorar a evolução clínica da situação".
A apresentadora lembra que foi avisada que não voltaria mais para o trabalho e que deveria ficar em repouso absoluto para salvar a sua filha de um "parto extremamente prematuro e que poderia ser fatal. "O primeiro sentimento, depois de lidar com o susto e o medo iniciais, foi de revolta. Você se pergunta: 'Por que está acontecendo isso comigo?'".
“Não há paz, não pude curtir a barriga”
Eliana relata ainda à revista “Veja” que ficou 30 dias internada em um hospital e que a insegurança a rondava o tempo todo.
“Uma gravidez de risco é um caminho que se faz sozinha. A dor e o medo são tamanhos que só quem vive conhece o verdadeiro significado. Além da gravidade do quadro, mesmo tendo uma equipe médica competente e dedicada cuidando de mim, o ambiente piora ainda mais a situação. Ficar dentro de um quarto hospitalar sem poder levantar, não ver outra paisagem –, a não ser uma mesma parede em sua frente –, faz com que o tempo não passe e a cabeça não pare de pensar. Não há paz.... Não pude curtir a barriga. Aprendi que obstetrícia é uma especialidade médica sem respostas exatas. Cada gestação tem sua singularidade”.
A apresentadora recebeu alta um mês depois, mas passou por outro susto. No sétimo mês de gestação, ela precisou voltar para o hospital e ficou internada por mais 17 dias. Neste período, Eliana diz que “preferiu sair de cena” e pode “olhar as pessoas ao seu redor com calma”. E que, depois de tudo que passou, amadureceu e tornou-se uma “mãe melhor que ontem”. “Agora pode chegar, Manuela’", comemora.
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