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Repórter da Globo é hostilizada e tem que abandonar local de reportagem

Do UOL, no Rio

19/09/2017 18h56

A repórter da Globo Lilia Teles foi hostilizada e perseguida com gritos de ofensas contra a emissora por partidários do ex-governador do Rio Anthony Garotinho, na última quarta-feira (13), em Campos dos Goytacazes, região norte fluminense.

A jornalista fazia a cobertura da prisão domiciliar dele, suspeito de envolvimento em um esquema de compra de votos nas Eleições de 2016, e teve que interromper a gravação e deixar o local. Os manifestantes seguiram Lilia e a equipe da Globo até o carro.

"O povo não é bobo, fora Rede Globo", foi um dos gritos de protesto.

"A imprensa quando é mentirosa, ela faz isso, vai embora", disse um homem enquanto filmava a equipe.

Procurada pelo UOL, a assessoria de comunicação da empresa respondeu: "Por causa de questões de segurança, a Globo não comenta procedimentos ligados a episódios deste tipo". 

Garotinho foi condenado em 1ª instância na Justiça Eleitoral por compra de votos em Campos dos Goytacazes, berço político da família. Na decisão, o juiz da 100ª Zona Eleitoral, Ralph Manhães, defendeu que a prisão domiciliar se faz necessária porque há fortes indícios de que o ex-chefe do Executivo fluminense e outros investigados seguem cometendo crimes, como ameaça a testemunhas e destruição de provas.

A prisão de Garotinho aconteceu enquanto ele apresentava seu programa matinal na rádio Tupi, em São Cristovão, zona norte do Rio.

Nesta segunda-feira (18), O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) negou, durante a sessão plenária o pedido de habeas corpus em favor do ex-governador.