Com contrato renovado na Globo, Luque diz seguir passos de Chico Anysio
Entusiasmado com o contrato renovado por mais dois anos, Marco Luque garantiu estar "feliz e realizado" na Globo e revelou que um dos seus principais objetivos é seguir os passos do humorista Chico Anysio (1931 - 2012).
O ator e comediante apresenta desde 2016 um quadro fixo no "Altas Horas", de Serginho Groismann, no qual ele aparece caracterizado de um dos seus 12 personagens --como o motoboy Jackson Five, a diarista Mary Help ou o Mustafary-- e interagindo com plateia, convidados e o próprio apresentador.
Em entrevista ao UOL, por telefone, Luque resumiu o bom momento em sua carreira e disse que pretende seguir os passos do ídolo, Chico Anysio.
"O meu foco [na emissora] é seguir os passos de Chico Anysio, que fazia personagens muito bem, eu o tenho como uma referência muito forte. Sei que nunca vou me igualar a ele, sei que ele foi um grande mestre, mas o objetivo é continuar criando os meus personagens."
Na próxima semana, o comediante irá dar outro passo importante dentro da Globo: estará no elenco da nova temporada de "A Escolinha do Professor Raimundo", interpretando o folclórico Nerso da Capitinga (vivido na versão original por Pedro Bismarck).
"[O convite surgiu] através do diretor Ricardo Waddington. Eu já imitava o Nerso da Capitinga, e por isso não foi muito difícil. Não me encontrei com o Nerso [Pedro Bismarck], mas fiquei vendo vários vídeos dele", contou.
"Não voltaria ao 'CQC'"
Luque ganhou projeção nacional ao participar da bancada do "CQC", programa humorístico que ficou no ar pela Band entre os anos de 2008 e 2015.
Ele conta sentir falta, mas afirma que não voltaria se a atração retornasse ao ar. "Sinto saudades do 'CQC', mas eu não voltaria para o programa porque acredito estar em uma evolução profissional, estou na TV Globo, a maior emissora do país, com espaço com os meus personagens. Estou trabalhando mais o humor, que é o meu carro-chefe", justificou.
"[Voltar ao programa] não seria um retrocesso, mas acho que já foi. Retrocesso fica uma palavra meio pejorativa, tenho muito carinho, respeito e consideração. Mas sinto que estou em uma outra fase, buscando outras coisas para a minha carreira."
O comediante ressaltou ainda as boas amizades que criou no "CQC". "Eu criei grandes amigos no programa que mantenho até hoje, como Marcelo Tas, Monica Iozzi e Felipe Andreolli, os que mais tenho contato. O resto continua tocando a sua vida, né?", explicou.
Do palco para as telas
Antes da TV, Luque já havia testado alguns dos personagens no teatro, em quase 10 anos de stand-up. No último domingo (17) , ele estreou o monólogo "1, 2, 3 Testando" no Espaço das Américas, casa de shows com capacidade para 8 mil pessoas em São Paulo.
"É uma peça que eu resolvi reunir alguns dos meus personagens, testar coisas novas, com stand-up, música e a participação do Fernandinho Beatbox. Ficou um show dinâmico, diferente", diz.
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