Filho de Heloisa Faissol supera morte da mãe e relançará biografia para fãs
Filho de Heloisa Faissol, o estudante José Arthur Gerdes, de 20 anos, vai relançar o livro "O Lixo do Luxo", biografia lançada em 2012 pela mãe. A socialite e cantora de funk foi encontrada morta em fevereiro, aos 46 anos, no apartamento onde morava em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Ela deixou uma carta de despedida para a família.
A obra traz detalhes sobre a vida de Helô, como passagens marcantes da infância, as badalações, momentos difíceis e a enorme admiração por Chico Buarque -- que a fez "devorar um livro atrás do outro", em suas palavras, com o objetivo de se aproximar do ídolo.
A relação conflituosa com a família, que não aceitava seu estilo de vida, é um dos destaques do livro. Polêmica e de personalidade forte, Helô Faissol rompeu de vez com os parentes ao se lançar como funkeira. Ela, que estudou teatro, morou na Suíça e na França, chegou a adotar o apelido artístico "Helô Quebra Mansão", numa versão socialite da funkeira Tati Quebra Barraco.
O filho da socialite diz, em entrevista ao UOL, que não tem interesse comercial com a obra. O único motivo para relançar "O Lixo do Luxo" é atender os admiradores de sua mãe: "Muitos fãs estavam me pedindo".
A previsão é de que o livro, que poderá ser comprado por encomenda, seja relançado daqui a aproximadamente um mês. Como a própria Helô relata na biografia, José Arthur relembra a difícil relação da socialite com a família.
"Ninguém era muito a favor da minha mãe. Acho que eu era o único. Eu era a favor dela ser feliz, de arrumar alguma coisa legal para fazer na vida", diz ele, que foi o principal apoiador de Helô quando ela participou de "A Fazenda", em 2014. "Fez a minha família repensar e todo mundo fica pensando: 'Se eu tivesse feito isso ou aquilo, poderia não ter acontecido'", afirma. Sobre a carta deixada pela mãe, o estudante prefere não entrar em detalhes: "Ela escreveu bastante coisa para mim, que me amava e que eu não tinha culpa daquilo".
No segundo período da faculdade de odontologia (seguindo os passos do pai e do avô, o renomado dentista Olympio Faissol), ele conta que não foram fáceis os primeiros meses que se seguiram à morte de Helô:
"O primeiro meio ano foi realmente bem difícil. Minhas notas caíram, mesmo eu fazendo tudo certo para não ter nenhuma consequência. Fui na psicóloga e tudo. Foi inevitável. Meu rendimento no esporte também caiu", afirma.
Focado nos estudos e em projetos profissionais -ele tem a ideia de lançar uma empresa de impressão 3D e uma loja de marca de roupas e acessórios-, José Arthur se comemora a superação, conquistada dia a dia:
"Estou correndo atrás do prejuízo. Já estou um pouco melhor. Minhas notas já voltaram a ser as melhores, graças a Deus. Tenho meu grupo de amigos que sempre me apoiou desde o colégio. Eles sempre me ajudam. Minha namorada também, que está comigo há três anos. Mas quem realmente me ajudou fui eu mesmo. Quando parei e falei: 'Estou afundando na vida. Preciso parar e repensar tudo que estou fazendo'".
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