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Jonathan Costa é agredido por seguranças em vídeo: "Vieram pra matar"

O funkeiro e empresário Jonathan Costa   - Felipe Panfili/Divulgação
O funkeiro e empresário Jonathan Costa Imagem: Felipe Panfili/Divulgação

Colaboração para o UOL

13/10/2017 13h42

Jonathan Costa compartilhou em seu Instagram um vídeo em que mostra ele sendo agredido por seguranças em cima do palco, após uma apresentação em Friburgo, no Rio, na noite dessa quinta-feira (12).

Segundo o funkeiro, ex-marido de Antonia Fontenelle, os contratantes do evento pediram para ele tocar em um volume muito baixo, mas o som não alcançava todo o público de 3 mil pessoas. "Foi quando eu avisei ao público que iria parar de tocar, mas ficaria ali com eles até o final do horário da apresentação, em respeito a eles. Eu sugeri que, já que não teve apresentação, que eles poderiam reivindicar o valor pago no ingresso", relatou Jonathan.

Ele disse que foi nesse momento que os seguranças partiram para cima dele e de sua equipe. "Vieram pra matar. Quase me mataram! Foi uma covardia! Só parou porque um policial militar chegou a tempo, me reconheceu e deu a ordem para me soltarem. Se a polícia militar não estivesse na redondeza para efetuar o mandato do alvará de som, poderia ter acontecido coisa pior. Senti a morte chegar", declarou.

Jonathan falou que foi discriminado por ser funkeiro. "Me agrediram na frente de mais de 3 mil pessoas por eu ser DJ de funk. E não sei o que mais me revolta: ser agredido fazendo o meu trabalho ou ser desvalorizado no único lugar do mundo que deveria ter respeito e orgulho de sua cultura", finalizou.

 

Até agora, assistindo a esse vídeo, não consigo acreditar no tamanho da discriminação e violência que eu passei ontem à noite em Friburgo. Fui agredido em cima do palco, fazendo o meu trabalho! Um pai de dois filhos, que sai para trabalhar, e não sabe se volta pra casa. Assim que chegamos ao evento de ontem, os contratantes pediram para que eu tocasse num volume um pouco mais baixo, quase som ambiente – só depois eu fiquei sabendo que era porque o alvará do evento só valia até as 2h da manhã. Eram 3.000 pessoas cantando comigo, que foram ali para me ver tocar...E eu tive que parar o som porque não alcançava todo mundo e com o passar da apresentação eles iam abaixando cada vez mais. Não era a apresentação que o público esperava e nem a metade do que é show. Foi quando eu avisei ao público que iria parar de tocar, mas ficaria ali com eles até o final do horário da apresentação, em respeito a eles. Eu sugeri que, já que não teve apresentação, que eles poderiam reivindicar o valor pago no ingresso. Foi quando OS SEGURANÇAS vieram com muita violência para cima de mim e da minha equipe, vieram pra matar. Quase me mataram! O público começou a gritar “Não à agressão”, a jogar gelo nos homens que me agrediam e minha equipe e alguns até subiram no palco para tentar me defender. Foi uma covardia! Só parou porque um policial militar chegou a tempo, me reconheceu e deu a ordem para me soltarem. Se a polícia militar não estivesse na redondeza para efetuar o mandato do alvará de som, poderia ter acontecido coisa pior. Senti a morte chegar... Depois de passar por um momento tão feliz de reconhecimento internacional do nosso funk há uma semana num evento importante em Paris, tenho que passar uma situação dessa aqui no nosso país. Fui discriminado por ser FUNKEIRO. Me agrediram na frente de mais de 3.000 pessoas por eu ser DJ de FUNK. E não sei o que mais me revolta: ser agredido fazendo o meu trabalho ou ser desvalorizado no único lugar do mundo que deveria ter respeito e orgulho de sua cultura. #semviolencia #funkécultura #JonJonOBAILE

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