"Diretor dos Trapalhões reclamava que eu ria demais", revela Dedé Santana
Dedé Santana recordou os tempos de "Os Trapalhões" e momentos difíceis de sua vida ao dividir o sofá do "Conversa com Bial" de terça-feira (24) com Edu Sterblitch. O eterno trapalhão lembra de um desentendimento com o diretor do programa, nos tempos em que fazia o público rir ao lado de Didi, Mussum e Zacarias.
"Eu nem me considerava Trapalhão, me achava um fã deles, ficava rindo. Uma vez o [Walter] Lacet [diretor geral do programa] foi reclamar pro Boni [diretor da Globo] que eu ria demais. O Boni puxou um papel e disse: 'eles dão quase 90 [pontos] de audiência, deixa o Dedé rir à vontade", recorda.
Ele elogia os ex-colegas do humorístico. "Tenho orgulho de ter levado o humor circense para a televisão. O Mussum era um grande comediante, o Zacarias um grande ator e Dedé e Didi eram dois palhaços". E como o politicamente correto influencia no humor hoje em dia?
"Nós, mais antigos, tínhamos oportunidade de errar. Esses meninos de hoje são heróis até, não têm o direito de errar. E estão de parabéns, estão acertando", elogia, lembrando ainda o trágico dia da morte de seu pai.
"O circo estava bem ruinzinho. Pegamos material para pintá-lo e enfeitá-lo, para pagar depois. Deu certo, vendemos todos os ingressos antes da estreia. No dia meu pai foi buscar mais uma lata de tinta, foi atropelado e morreu. Ficamos sem saber o que fazer, levamos ele para trás do circo para velar em uma barraca".
Por conta das condições da família, o show teve de continuar. "Minha mãe, uma mulher muito forte, disse: 'vamos trabalhar. se não não vamos ter dinheiro para fazer o enterro'. Eu e meu irmão velávamos meu pai. A gente entrava no picadeiro, eu era o palhaço e meu irmão, o ajudante. O público rindo e, quando a gente virava, estava chorando. Foi um momento difícil na minha carreira", emociona-se.
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