"Tenho uma história de vida cheia de tragédia", diz Carolina Ferraz
Carolina Ferraz, 49 anos, falou no "Programa do Porchat" de quarta-feira (1) de seu momento dedicado à culinária nos últimos anos com o "Receitas da Carolina", exibido no canal GNT, e de momentos tristes que passou ao longo da vida, como a morte do pai, Ladislau Noel Ferraz, assassinado em Goiânia em 1982.
"Tenho uma história de vida cheia de tragédia, cheia de lamentos e coisas complexas. Meu pai foi assassinado quando eu era muito nova, um irmão que morreu de Aids quando [a doença] era um tabu... essas são as piores coisas, o resto a gente vai administrando", disse, relembrando como ficou órfã de pai.
"Ele foi assassinado, mandaram matar meu pai com seis tiros, três na cabeça. O problema não é a corrupção, ela existe em qualquer lugar do mundo, o problema é a impunidade. Todo mundo sabia quem matou meu pai, mas a pessoa, porque o país é corrupto, conseguiu se libertar disso sem sequelas", conta, dizendo o desfecho do assassino."Essa pessoa teve um câncer e morreu, e perdeu dois filhos. Eu não desejo mal a ninguém, o carma veio".
Sem contrato com a Globo, onde passou 27 anos da carreira, ela ganha destaque fazendo comida. "Sempre gostei de cozinhar para fora, encostar o umbigo no fogão. O GNT me procurou durante três anos sucessivos, eu dizia 'não'. Eu me sentia uma impostora, enganando as pessoas. Não sou chef, adoro cozinhar e aprendi com minha mãe, sou cozinheira. Eu cozinho à minha maneira, nunca pretendi me posicionar como chef", explica, surpresa com a repercussão.
"Nunca imaginei que o programa fosse fazer sucesso. Durante as cinco temporadas foi a maior audiência em São Paulo e a segunda do canal", comemora, dizendo como a atração mudou sua relação com o público. "O programa me humanizou muito, quando você é ator fica atrás de uma personagem. Eu estava no ar há um ano e meio na novela de maior audiência da grade naquele momento, [Haja Coração], mas todo mundo me parava para falar do programa de culinária", surpreende-se.
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