Contratada da Record, Joana Fomm critica novelas atuais: "Muita violência"
Inicialmente escalada para um papel em "O Sétimo Guardião", novela de Aguinaldo Silva que acabou cancelada na fila do horário nobre da Globo, Joana Fomm surpreendeu ao assinar com a emissora concorrente para viver Teresa Santero na trama bíblica de Vívian de Oliveira, que estreia na próxima terça-feira (21).
Ao mesmo tempo em que a atriz de 77 anos se prepara para estrear na Record, um de seus papeis mais marcantes, a Perpétua de "Tieta", faz sucesso em reprise da novela no canal Viva.
"Ninguém falou nada comigo na Globo sobre a novela do Aguinaldo. Eu gostaria de fazer porque eu me dou bem com as novelas dele, faço bem os personagens dele, são maravilhosos. Mais tarde faço uma novela com ele", afirma a veterana, que guarda com carinho, além de Perpétua, outras parcerias com o autor, como a Salustiana de "Fera Ferida" e a Rita de "Porto dos Milagres".
Joana afirma que fica saudosa ao assistir às cenas da beata que se tornou um personagem emblemático na TV. "Naquela época existia muita paixão. As novelas hoje não são tão legais. Tem muita violência, morte, tiro", afirma.
"A novela hoje em dia está mais careta. O público vê as reprises, gosta, acompanha. Não sei o que que deu... Meu amigo Aguinaldo diz que parece que desaprenderam... 'Tieta' tem um sabor, um cheiro, você quer ver quer acompanhar. Hoje na novela todo mundo morre, todo mundo se odeia, não quero ver mais", afirma.
A recente "A Força do Querer", de Gloria Perez, foi uma novela que a atriz afirma ter acompanhado.
"Eu assisti e queria que a sereia [Ritinha, personagem de Isis Valverde] nadasse, que houvesse o boto. Senti falta dessa coisa. Mas das últimas novelas, foi a melhor, e a que teve mais público", elogia.
Nova fase na Record
Na trama bíblica, que vai adaptar o livro do Apocalipse para os dias atuais, Joana é Teresa, avó da protagonista da trama, a mocinha Zoe (Juliana Knust).
A atriz diz que a mudança de emissora ainda é muito recente, mas conta que o que tem gostado mais é de trabalhar com amigos, como Luiza Tomé, que estreou na TV em "Corpo a Corpo", de Gilberto Braga, interpretando sua filha.
"Gilberto achava que éramos parecidas. Ela diz que se não fosse eu não estava na televisão", afirma.
"Está sendo diferente [trabalhar na Record], o estilo de gravar é diferente, estou me habituando. Mas é meio sufocante, é muito personagem, nunca vi tanto personagem! Às vezes pego o resumo para quem é. Vou confessar: outro dia tinha uma cena que o cara apanhava. Queria saber quem era, quando fui ver era meu filho (risos)! Como esqueci isso", brinca ela, que elogia o texto de 'Apocalipse".
Teresa é uma mulher batalhadora, que criou os três filhos sozinha depois de ficar viúva, e hoje vende quentinhas e trabalha como doméstica para sustentar a família.
"Há muito tempo não fazia uma mulher boa, isso me atraiu. Não é boazinha, ela é boa mesmo", comenta.
Joana, que venceu um câncer de mama e que mantém sob controle a disautonomia, uma doença que afeta o sistema nervoso e compromete os movimentos, comemora estar no ar mais uma vez.
"Não parei de trabalhar mesmo quando estava fora da Globo. Fazia muita participação na TV a cabo, no GNT, na HBO... Estava querendo fazer novela e agora não sei mais, talvez um programa cômico, uma sitcom. Adoraria", afirma.
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