Sem Moacyr Franco, "Praça É Nossa" fará piada com "petralhas" e "coxinhas"

Com elenco mais enxuto após as demissões de Moacyr Franco e Paulo Pioli, "A Praça É Nossa" fará piada com as brigas entre "coxinhas" e "petralhas" em um novo quadro que estreará na próxima quinta-feira (7). Curiosamente, os "rivais" políticos serão vividos por Tuca e Bibi Graça, filhos de Saulo Laranjeira, intérprete do deputado corrupto João Plenário.
"Eles são de lados opostos, um é da esquerda e outro da direita. Tudo que eu falo, a 'petista' entende que eu agredi, que eu sou um 'coxinha'. O outro acha completamente diferente" explicou Carlos Alberto de Nóbrega antes de ser homenageado pela Câmara dos Vereadores de São Paulo, na última semana.
Assinado por Raphael Carvalho, roteirista da "Praça", e Dalila de Nóbrega, neta de Carlos Alberto e intérprete da advogada Camomila, o quadro "Os Politizados" é uma versão moderna da Velha Surda, personagem de Roni Rios (1936-2001) que marcou história no humorístico ouvindo errado tudo que dizia o ranheta Apolônio, papel de Viana Júnior (1941-2010).
"É uma 'Velha Surda' da nova geração. Ele está falando uma coisa e a pessoa não entende. É o que a gente vive hoje nesse momento de esquerda e direita. As pessoas falam o que querem na internet e cada um interpreta do seu jeito, o que bem entende a sua ideologia", explica Raphael Carvalho.
Estreia terá polêmica em museu
O primeiro quadro foi gravado na última quarta com uma polêmica que dividiu a opinião pública nos últimos meses: nudez e sexualidade em exposições. Rosária, a "petralha", entrou com o cartaz "Arte não é crime". Jairo, o "coxinha", apareceu segurando a placa "Safadeza não é arte".
Quando questionados por Carlos Alberto sobre como se conhecem, Jairo responde: "Infelizmente, somos vizinhos. Quase uma Coreia do Norte e uma Coreia do Sul. Ela, obviamente, é a Coreia do Norte". Os vizinhos discordam de tudo, mas, no fim, só querem o melhor com pontos de vista diferentes.
"Tudo que ele falar será interpretado de forma equivocada por um lado ou pelo outro. Hoje a gente vive isso, ainda mais que quando você fala uma coisa na rede social você desagrada um lado. Se você tenta agradar um lado, acaba desagradando o outro. É uma brincadeira com esse momento polarizado que a gente vive no Brasil, de opiniões políticas", ironiza Raphael Carvalho.
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