Topo

Ex-CQC aprende nova profissão graças a programa fracassado da Band

Warley Santana no "CQC" e como ventríloquo - Reprodução/Montagem/UOL - Reprodução/Montagem/UOL
Warley Santana no "CQC" e como ventríloquo
Imagem: Reprodução/Montagem/UOL

Paulo Pacheco

Do UOL, em São Paulo

12/12/2017 04h00

A passagem de Warley Santana pela Band, apesar de curta, ainda rende frutos ao ator e humorista. Ele voltou à TV no programa "Tá Certo?", game show da Cultura com bonecos, porque foi lembrado por sua passagem rápida no "CQC", em 2008. Dois anos depois, no programa "O Formigueiro", encantou-se com bonecos e decidiu viver como ventríloquo. O programa fracassou na audiência, mas serviu para ele aprender uma nova profissão.

"O Léo Liberti, diretor do 'Tá Certo?', me chamou porque lembrou de mim do 'CQC'. Faz pouco tempo (risos). Foi marcante mesmo. Não acredito mais em coincidência, porque não é possível. Ele não sabia que eu estava trabalhando com bonecos, ele se lembrou só do 'CQC', em que fiquei o primeiro ano", conta Warley ao UOL.

Warley Santana com os bonecos do programa "Tá Certo?", da Cultura - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Warley Santana com os bonecos do programa "Tá Certo?", da Cultura
Imagem: Reprodução/Instagram
Ator de teatro e publicidade, Warley Santana entrou no "CQC" para "melhorar" a imagem dos políticos e mostrar como eles se dispõem a fazer qualquer coisa para aparecer bem na câmera. O quadro é lembrado até hoje, mas o humorista comemora ser reconhecido pelo "Tá Certo?". Durante a CCXP 2017, realizada na última semana, ele foi constantemente abordado por telespectadores do programa diário da Cultura.

"Não esperava uma audiência tão boa logo de cara. Imaginava que demoraria um mês para começar a pegar, e na primeira semana teve um retorno muito maior. São 100 programas, estamos gravando a segunda fase da primeira temporada, pensando na segunda e temos ideia para a terceira. Estamos bem engrenados", celebra.

Ventríloquo

Depois do "CQC", Warley Santana teve seu primeiro contato com bonecos no comercial de uma rede de fast food, mas foi no programa "O Formigueiro", apresentado por Marco Luque, onde ele se interessou pelo ventriloquismo. O programa durou apenas cinco meses e é visto pelo público e dentro da própria Band como fiasco, mas durou tempo suficiente para o humorista levar a sério a arte de manipular bonecos.

"Meu primeiro contato foi na Espanha, mas antes, no Brasil, fiz um comercial com girafinhas. Depois fiz o programa do Marco Luque e fiz cursos nos Estados Unidos. Eu era uma das formigas, a Jura. Aprendi lá. Fomos fazer um curso na Espanha e pirei nisso", conta.

Warley tem 14 bonecos e leva quatro para seus espetáculos. Ele se prepara para voltar aos Estados Unidos e ao Japão, onde já se apresentou com sucesso para emigrantes e turistas brasileiros: "Pedi para um cara com 30 anos de experiência para fazer e demorou um ano para ficarem prontos. Eu decido como quero os bonecos. Já abri os shows do Alice in Chains nos Estados Unidos com bonecos".

Para o humorista, fazer comédia com ventriloquismo trouxe dois benefícios. Além de ajudá-lo a faturar mais nos shows, ele deixa para seus bonecos as piadas mais "sujas": "É um diferencial para o stand-up comedy. É é um alívio cômico".