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Repórter Vesgo fala sobre fim do "Pânico na Band": "Respeitar os ciclos"

Equipe do "Pânico na Band" - Reprodução/Instagram/rodrigovesgo
Equipe do "Pânico na Band" Imagem: Reprodução/Instagram/rodrigovesgo

Colaboração para o UOL

18/12/2017 11h41

O último programa ao vivo do "Pânico na Band" - exibido na noite de domingo (17) - fez com que Rodrigo Scarpa, o Vesgo, refletisse sobre a importância do programa para a televisão brasileira em um post publicado em sua conta no Instagram.

Temos que aprender a respeitar os ciclos! Foram 14 anos de muito trabalho na TV, luta e vários troféus. Não é tão fácil manter um programa com 3h30 de arte e, principalmente, com humor. Na estreia, em 2003, não existia o politicamente correto, o YouTube, e soubemos aproveitar muito disso com humor revolucionário, ousado e com muita sátira sobre a televisão . O culto às celebridades foi desmistificado nas coberturas de festas, nas sandálias da Humildade. Ríamos da TV, falávamos cara a cara a verdade pra políticos , celebridades e subcelebridades. Brincadeiras à lá Andy Kauffman como 6 dedos da Cicarelli, o Monge Carioca. Um dos primeiros Memes da Internet, a Dança do Siri, ultrapassou os limites da Rede TV, parando na boca de Galvão Bueno em uma transmissão na Rede Globo", ressaltou ele.

Em outro techo do texto, ele falou sobre os altos índices de audiência que a atração conquistou e todos os anônimos que viraram famosos graças ao "Pânico".

E como explicar os 18 pontos no Ibope em uma emissora pequena como a Rede TV? Um fenômeno,  sim! Uma carência do humor do fundão da escola, humor criativo, ingênuo e transgressor. Anônimos viraram famosos. Quem se lembra do Zina? Charles? Antônio Nunes? Pedala Robinho?Éramos adolescentes experimentando o sucesso na TV. Hoje, no último programa ao Vivo na Band e como um dos primeiros a seguir do início ao fim esta etapa, me sinto orgulhoso de ter feito parte dessa história. O pânico nunca acaba , mas essa história na TV ficará sempre marcada. A liberdade editorial , os furos de reportagem , os grandes personagens que passaram e foram sucesso no programa ficarão marcados pra sempre na memória da TV . Sou grato ao Tutinha e ao Emilio Surita que acreditaram nesse projeto vencedor. Aos donos das emissoras", agradeceu ele.

Porém, Vesgo fez questão de esclarecer que o programa deve tomar novos rumos. "E que venham mais projetos. Mais ciclos de vida! É hora de celebrar tantas conquistas, tantos troféus e varias vezes que ficamos em primeiro na corrida de domingo! Não há como esquecer da Pá Maluca, Vesgo e Silvio , Sabrina, Vô num vô , Samambaia, Panicats, A Hora da Morte, Amaury Dumbo, Bola e Bolinha, Gabiherpes, viagens internacionais, praias, 3 copas do mundo, Poderoso Castiga, Meda, Gui Santana , Alfinete e Zina, Impostor, Xupla, Mendigo, Quietinho, entrevistas com Silvio Santos, sátiras. A História nunca será apagada e continua ! A todos os fãs e equipe, meu muito obrigado", finalizou ele.

O "Pânico na Band" ainda terá mais dois programas - já gravados - antes de chegar ao fim em sua atual emissora.