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Crushs de Estela, atores disputam quem ficará com ela em "O Outro Lado"

Juliana Caldas entre Anderson Di Rizzi e Pedro Carvalho - Reprodução/Instagram/pedrocarvalho_oficial
Juliana Caldas entre Anderson Di Rizzi e Pedro Carvalho Imagem: Reprodução/Instagram/pedrocarvalho_oficial

Guilherme Machado

Do UOL, em São Paulo

17/01/2018 04h00

Em "O Outro Lado do Paraíso", Estela (Juliana Caldas) sempre foi humilhada pela mãe, que nunca aceitou o fato de ter uma filha anã e a chamou de “monstrengo” em mais de uma ocasião. Com vergonha, Sophia (Marieta Severo) a mandou para uma casa afastada em Pedra Santa. Lá, a personagem se viu entre Juvenal (Anderson Di Rizzi) e Amaro (Pedro Carvalho), que agora disputam o coração da moça.

Os romances se tornaram destaques na trama de Walcyr Carrasco e têm dividido os espectadores. Vértices deste triângulo amoroso, Anderson Di Rizzi e Pedro Carvalho, em entrevista ao UOL, vibram com a torcida do público por seus personagens, mas acreditam que mais importante é a discussão sobre preconceito que a história desenvolve.

“Esse núcleo passa uma mensagem muito forte. Eu tenho muito orgulho, e acho que o Anderson também. Acho que a nossa missão como atores também é que as pessoas pensem sobre determinados temas”, conta Carvalho.

Sophia (Marieta Severo) e Estela (Juliana Caldas) - Divulgação/TV Globo - Divulgação/TV Globo
Sophia já ofendeu diversas vezes sua filha Estela em "O Outro Lado do Paraíso"
Imagem: Divulgação/TV Globo
A abordagem, segundo ele, é o que tem gerado a repercussão. “Não é o fato de se ter uma atriz com nanismo, é porque se aborda o preconceito. Poderia ser uma outra característica qualquer. Para mim o preconceito não faz parte do meu vocabulário, não fui educado assim, não entendo”.

O ator, que já atuou em diversas produções em Portugal e faz sua estreia na Globo, conta que foi chamado para viver um “protótipo de príncipe encantado”. Ele elogia a forma como o autor vem conduzindo a trama e destaca as diferenças entre os dois pretendentes.

“É muito interessante o Walcyr ter feito uma coisa assim, porque ela é o centro, a mulher disputada por dois caras que são completamente o oposto um do outro. O Juvenal, que vai mais na pegada sensível, mais romântico, e o Amaro, que faz ela sentir-se como uma mulher, ele chega chegando, é um cara que tem a autoestima lá em cima”, afirma Pedro.

Di Rizzi também se mostra feliz com a forma como o tema vem sendo tratado na novela das 21h.

“O Brasil é preconceituoso. Acho que esse tema que o Walcyr trouxe à tona está indo por um outro caminho, [mostrando] que é possível uma moça com nanismo, diante de todas dificuldades que a gente imagina que ela tenha, ser amada por alguém, ser desejada como uma mulher, tratada como uma pessoa normal, com sentimentos”, diz o ator, que conta ter se surpreendido com relatos ouvidos da colega Juliana Caldas.

“Ela me falou umas coisas que não passavam pela minha cabeça, como: ‘Não consigo usar o caixa eletrônico. Eu sempre tenho que ir ao banco pedir para minha gerente me ajudar, porque não tem um caixa adaptado’. São coisinhas para a gente aparentemente simples, mas que para ela fica um peso”.

O ator acredita que há muito chão a percorrer antes de uma definição sobre qual dos dois a personagem vai ficar, mas não esconde sua torcida. “Essa coisa de quem vai ficar com Estela, a gente deve ter pelo menos uns cem capítulos de novela. O Walcyr agora está encaminhando a história mais para o personagem do Amaro, mas ao mesmo tempo está mostrando ele com uma personalidade um pouco duvidosa. Meu personagem é mais emoção”.

Amigos e rivais

Juliana Caldas, Pedro Carvalho, Vera Mancini e Anderson Di Rizzi em "O Outro Lado do Paraíso" - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Juliana Caldas, Pedro Carvalho, Vera Mancini e Anderson Di Rizzi em "O Outro Lado do Paraíso"
Imagem: Reprodução/Instagram

Em breve, a relação entre os dois galãs deve ficar mais tensa. Amaro deve tentar cada vez mais afastar o seu rival do caminho de Estela, enquanto Juvenal começa a desconfiar das verdadeiras intenções do português. 

Apesar dos muitos atritos na ficção, os dois intérpretes são só elogios para sua relação na vida real. “A gente se dá muito bem fora de cena. A gente consegue falar sobre os personagens, as coisas fluem. É importante quando, num triângulo, os dois lados são fortes para que o centro seja forte também. O Anderson é um ator incrível”, elogia Pedro Carvalho.

A recíproca é verdadeira para Anderson. “O Pedro é um cara muito do bem. Imagina, o cara vem de outro país, chegou super bem, super humilde, é um cara que quer que a cena fique legal, que não pensa só nele”.