Em ano eleitoral, "Tá no Ar" vai chamar atenção para intolerância
A quinta temporada no “Tá no Ar” estreia nesta terça-feira (23) o primeiro de seus 12 episódios. É uma produção impressionante: 30 esquetes por programa, 210 cenários e cerca de 70 participações especiais com convidados como Bruno Gagliasso, Fernanda Gentil, Fatima Bernardes, Aracy Balabanian, Mateus Solano, Tiago Leifert, Ana Furtado, Marcelo Serrado, entre outros.
"As pessoas da casa [Globo] pedem para fazer o programa, pedem para participar”, conta Marcius Melhem, um dos criadores do humorístico. "O ‘Tá no Ar’ fala de tudo, mas não agride ninguém. O humor quando tem a grosseria à frente, ele se diluiu, e quanto mais graça você coloca numa paródia, mais consegue fazer com que ela alcance o objetivo", completa.
A trinca que da criação do programa inclui ainda Marcelo Adnet e Mauricio Farias. "A nossa história na televisão é um exemplo feliz do quão importante é a liberdade de expressão. A gente sabe que a gente está fazendo provocações e é muito importante ter esse espaço e encontrar sempre o caminho mais democrático”, observa Farias. "Temos uma responsabilidade muito grande sobre o que falamos e, ao mesmo tempo, tentamos falar de tudo o que acreditamos ser importante da melhor forma."
Uma das novidades desta temporada é a entrada de um novo integrante no grupo – até então sem novos membros desde que foi formado: o ator e comediante Eduardo Sterblitch, ex-"Pânico" e "Amor & Sexo". "Não estava acostumado com esse humor de realismo, então fico pedindo muitas perucas o tempo inteiro”, diz Sterblitch, que por enquanto não tem nenhum personagem fixo.
Na nova temporada, estão de volta o Militante, aquele que critica a TV e a própria Globo, vivido por Adnet; Jorge Bevilacqua (Welder Rodrigues), apresentador do Jardim Urgente, dono do famoso bordão “foca em mim!”; e o empresário Tony Karlakian (Adnet), que retorna com o reality show "Os Karlakians".
Entre os quadros novos, há um inspirado na série "The Walking Dead", no qual os zumbis conservadores que ressuscitando ideias que já estavam enterradas, e a novela "Paixão sem Marcas, a primeira trama nacional à venda na televisão com ganchos da dramaturgia para os anunciantes.
Sobre o fato de 2018 ser um ano eleitoral, Adnet coloca a sua posição: "Hoje em dia, ficar em cima do muro é ficar mais exposto do que cair para um lado. Diante de tantos problemas, estar em cima do muro é quase uma irresponsabilidade. Claro, que a gente tem um cuidado sim, a gente não bate em ninguém, mas acreditamos nos nossos pontos de vista".
"A polarização está em alta, mas um dos pilares do ‘Tá no Ar’, e o que a gente está sempre em cima, é a questão de intolerância. Seja ela religiosa, comportamental, sexual ou racial. A gente costuma jogar o holofote do humor para chamar atenção do tipo ‘se liga, olha que loucura isso", pontua Mellhem.
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