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"Ele respirava aviação", diz pai de piloto morto em acidente com Globocop

Daniel Galvão, piloto morto em acidente de helicóptero no Recife Imagem: Reprodução/Instagram

Geraldo Lélis

Colaboração para UOL, em Recife*

23/01/2018 14h32

O pai do comandante Daniel Galvão, de 36 anos, lamentou o acidente com o Globocop na praia do Pina, em Recife, que matou seu filho nesta terça-feira (23). 

Daniel Galvão se casou em agosto; ele não resistiu a um acidente de helicóptero nesta terça (23) em Recife Imagem: Reprodução/Instagram
"Ele respirava aviação. Checava a aeronave todos os dias e fazia esse mesmo voo também com muita frequência para a TV Globo. Nunca havia acontecido nenhum contratempo com ele, e na primeira vez, aconteceu isso", disse Geraldo Galvão ao UOL.

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Daniel havia se casado há aproximadamente cinco meses. Em agosto, ele publicou uma foto da cerimônia ao lado de sua mulher, a médica Isabela Fonseca.

"Diante de Deus é o que realmente vale! Fomos muito abençoados na noite de ontem na nossa pequena cerimônia e festa, mas abundantemente preenchidos por amor e carinho", escreveu no Instagram. Ele não tinha filhos.

O sepultamento de Daniel será na quarta-feira, às 11h, no Cemitério de Santo Amaro, região central do Recife.

Acidente com Globocop no Recife nesta terça (23) deixa dois mortos e uma pessoa gravemente ferida Imagem: Marlon Costa/Futura Press/Estadão Conteúdo
 

O acidente

Restos do Globocop que caiu no Recife na manhã desta terça (23) Imagem: Geraldo Lélis/UOL
O helicóptero que caiu no mar enquanto fazia imagens para a Globo no bairro Brasília Teimosa, zona sul do Recife, tinha três ocupantes a bordo.
 
O comandante da aeronave, Daniel Galvão, e a controladora de voo Lia Maria de Abreu foram resgatados com vida do mar, mas não resistiram. Lia trabalhava para a Aeronáutica e estava no helicóptero a passeio.
 
O operador de transmissão, Miguel Brendo, que estava na aeronave, foi socorrido em estado grave e foi encaminhado ao Hospital Restauração. Procurada pelo UOL, a assessoria do centro médico informou que o operador passou por uma cirurgia: "Miguel permanece internado em estado gravíssimo com ferimento na cabeça". 
 
A maré estava alta e chovia no momento do acidente. A retirada dos corpos do mar foi feita por moradores locais, e os primeiros socorros foram prestados por uma bombeira civil que havia dormido na casa da mãe, próximo do local.
 
O helicóptero de modelo R44 não tinha caixa preta, por isso, a investigação será feita a partir dos destroços. Agentes do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II) estão no local para recolher os destroços. O laudo do Seripa sairá daqui a 30 dias.
 
A aeronave pertencia à Helisae, empresa que presta serviços para a TV Globo há quinze anos. De acordo com a emissora, o helicóptero havia passado por inspeção, revisões e estava legalizado para voo. Em nota enviada ao UOL, a Globo lamentou a tragédia com o helicóptero que prestava serviço para a emissora. "Estamos todos muito tristes com essa fatalidade. A empresa é nossa parceira. Deixo aqui a nossa solidariedade às famílias das vítimas", diz Iuri Leite, diretor da Globo Nordeste.
 
*Com informações da redação

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