Leo Dias não apresenta "Fofocalizando" um dia após criticar programa no ar
Leo Dias não apresentou o "Fofocalizando" desta terça-feira (23), um dia após ter criticado o programa do SBT ao vivo por uma reportagem com MC Diguinho, acusado de fazer apologia ao estupro no funk "Só Surubinha de Leve". O jornalista também "sumiu" da internet e não aparece desde a noite de segunda, após a repercussão de seu desabafo ao vivo.
Nas redes sociais, o público pediu a volta de Leo Dias e cobrou explicações ao SBT sobre a ausência dele. "Cadê o Leo Dias? Já podemos boicotar esse programa?!", criticou um perfil no Twitter. "Eles podiam dar uma satisfação sobre o Leo Dias, né? Tá todo mundo achando que ele tomou gancho", comentou outra telespectadora.
Procurado, o SBT não se pronunciou oficialmente sobre a ausência de Leo Dias no "Fofocalizando", mas o UOL apurou com a alta cúpula da emissora, que negou ter afastado o jornalista por causa das críticas ao programa. "Nem sempre ele apresenta", justificou um executivo.
O staff de Leo Dias também negou que o jornalista foi suspenso pelo SBT e informou que ele tinha folga programada para esta terça.
Os seguidores de Leo Dias também procuraram Leo Dias em seu perfil no Instagram, mas ele não publica fotos nem stories há quase um dia. No Twitter, onde costuma ser bastante ativo, ele também "desapareceu".
Na segunda, Leo Dias criticou no ar, ao vivo, a decisão do diretor do programa de exibir a entrevista com o funkeiro.
"Acho um absurdo a gente exibir este tipo de matéria aqui", reclamou. "Acho um absurdo a gente dar voz a este tipo de pessoa. Acho um absurdo a gente dar voz e citar este tipo de música. Sou contra qualquer tipo de censura, mas músicas que fazem apologia ao estupro têm que ser censuradas. Músicas que fazem apologia a racismo, homofobia, a todo tipo de crime, têm que ser censuradas, sim", completou.
Procurado pelo blogueiro Mauricio Stycer, do UOL, o diretor do "Fofocalizando", Marcio Esquilo, defendeu a exibição da reportagem e, igualmente, apoiou o protesto de Leo Dias. "Era importante a matéria para mostrar o lado do músico, a cabeça dele, dar voz a ele", disse o diretor. "E gostei da crítica do Leo. Mostra como o programa é isento".
Esquilo disse que não reprime a opinião de nenhum dos participantes do "Fofocalizando", mas entende que tem o dever, jornalístico, de mostrar a posição de personagens polêmicos do noticiário de celebridades: "Não vou exibir o vídeo de um estuprador [...] Mas vamos ouvir sempre o famoso acusado de agredir a mulher. Foi o que fizemos quando o Naldo agrediu a mulher dele".
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