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Atriz deixa papel de freira no SBT para ser "amante" de Falabella na Globo

Renata Brás como Irmã Benê em "Carinha de Anjo" (SBT) e como Cleonice em "Brasil a Bordo" (Globo) - Montagem/Divulgação/SBT/TV Globo
Renata Brás como Irmã Benê em "Carinha de Anjo" (SBT) e como Cleonice em "Brasil a Bordo" (Globo) Imagem: Montagem/Divulgação/SBT/TV Globo

Paulo Pacheco

Do UOL, em São Paulo

25/01/2018 04h00

Com 25 anos de carreira, Renata Brás fará sua estreia na Globo como amante de Miguel Falabella em "Brasil a Bordo", que começa nesta quinta-feira (25), após o "BBB18". Pouco tempo atrás, porém, a atriz pôde ser vista na TV como uma freira em "Carinha de Anjo". Ela deixou o papel na novela infantil do SBT para aceitar o convite irrecusável do colega global.

"Agradeço muito ao SBT pelo papel. Para a novela, tinha um contrato temporário. Quando a Globo me ligou, eu pedi aviso prévio e terminei de gravar. Escreveram até a despedida da minha personagem, a Irmã Benê. E caí no avião", brinca a atriz ao UOL. "A personagem estava crescendo, a tendência era eu ser contratada. Falaram para eu pensar bem, mas um convite do Miguel não tem como, é único", justifica.

Dulce Maria se despede de Irmã Benê em "Carinha de Anjo" - Reprodução/SBT - Reprodução/SBT
Dulce Maria se despede de Irmã Benê em "Carinha de Anjo"
Imagem: Reprodução/SBT
Irmã Benê, que era professora de Dulce Maria (Lorena Queiroz), protagonista de "Carinha de Anjo", despediu-se do internato no capítulo exibido em fevereiro de 2017, quando "Brasil a Bordo" já estava totalmente gravada. A série ambientada em um avião estrearia no ano passado, mas a tragédia com o voo da Chapecoense, em novembro de 2016, adiou o lançamento.

Renata Brás admite que estava muito ansiosa para sua estreia na Globo e torce por mais temporadas de "Brasil a Bordo" para continuar na emissora.

"Terminamos as gravações em dezembro de 2016, mas com o acidente da Chapecoense o projeto teve que ser adiado. Espero que faça sucesso para ter segunda e terceira temporada. Esperei por muito tempo. Fiquei anos fazendo registros na Globo, tentando alguma coisa. Lembro que ano passado peguei a fila do peru [dado pelas empresas para o Natal] e fiquei muito feliz por ser o meu primeiro peru na Globo", comemora.

Cleonice (Renata Brás) se insinua para Vadeco (Miguel Falabella) em "Brasil a Bordo" - Reprodução/TV Globo - Reprodução/TV Globo
Cleonice (Renata Brás) se insinua para Vadeco (Miguel Falabella) em "Brasil a Bordo"
Imagem: Reprodução/TV Globo

"Miguel Falabella é meu padrinho"

Miguel Falabella convidou Renata Brás para ser sua "amante" em "Brasil a Bordo" após as ótimas experiências com a atriz nos musicais que dirigiu. No primeiro, "Hairspray" (2009), ele a escalou como substituta de Danielle Winits. Atualmente, Renata também trabalha com Miguel em "Hebe, o Musical", em que interpreta Nair Bello.

"Chamo Miguel de padrinho, porque, por mais que não tenha estreado artisticamente com ele, é uma pessoa que me dá muitas oportunidades. Ele sempre fala que tenho meu mérito e sempre acreditou em personagens bacanas para mim, mesmo quando eu fazia musicais como substituta", afirma.

Cleonice, papel de Renata Brás em "Brasil a Bordo", é uma "trintona, madura, topa tudo", embora a atriz tenha 41 anos. Sensual, ela costuma aparecer de lingerie e roupas curtas para provocar o comandante Vadeco, interpretado por Falabella. Renata precisou fechar a boca para manter a boa forma para a série e para o Carnaval.

"Sou viciada em doces, mas o Miguel pegou no meu pé para eu não comer besteira e manter o corpo em dia. Aumentei os exercícios físicos e emagreci uns três quilinhos. Agora, inclusive, estou precisando emagrecer mais porque vou sair na escola que vai homenageá-lo, Unidos da Tijuca. Vou sair no carro dos amigos do Miguel Falabella. Decidi que hoje vou comer meu último doce até o desfile", planeja.

Musicais e "Praça"

Renata Brás começou no teatro na peça "Splish Splash" (1993), dirigida por Wolf Maya. Na TV, trabalhou como dançarina de Gugu Liberato, mas queria mesmo era atuar. Conseguiu um papel na série "Meu Cunhado", do SBT, mas precisou deixar a dança para consolidar a carreira de atriz.

Jorge Loredo e Renata Brás em "A Praça É Nossa" - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Jorge Loredo, como Zé Bonitinho, e Renata Brás em "A Praça É Nossa"
Imagem: Reprodução/Instagram
"Se eu continuasse dançando, nunca me enxergariam como atriz. Foi uma fase bem difícil da minha vida, disse não para vários trabalhos de dança e comecei só a atuar. Convidei o Carlos Alberto para me assistir em 'Chicago', ele gostou muito e começou a me chamar para fazer quadros com Zé Bonitinho e o Golias", recorda.

Mesmo sem contrato fixo com o SBT, Renata Brás foi a "bonitona" de "A Praça É Nossa" durante mais de dez anos. Ela comemora a amizade e o respeito que conquistou com Carlos Alberto de Nóbrega, que não escalava a atriz só para mostrar o corpo.

"O Carlos sempre zelou por mim, disse que não queria vulgaridade. Apesar de fazer uma mulher sensual, ele me chamava quando tinha mais texto. Já aconteceu de me mandarem um texto e ele falar que eu não iria gravar porque não era para mim. Fico muito honrada e feliz", celebra.