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Conselho diz que Globo "presta desserviço" com caso sobre abuso em novela

Vinícius (Flavio Tolezani) e Laura (Bella Pietro) em "O Outro Lado do Paraíso" - Raquel Cunha/Divulgação/TV Globo
Vinícius (Flavio Tolezani) e Laura (Bella Pietro) em "O Outro Lado do Paraíso" Imagem: Raquel Cunha/Divulgação/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

05/02/2018 23h03Atualizada em 06/02/2018 20h18

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou nota em seu site, nesta segunda-feira (5), onde acusa a TV Globo de "prestar um desserviço à população brasileira" ao tratar com "simplismo" o sofrimento psíquico de personagem que sofreu de abuso sexual na infância. (Leia o comunicado, na íntegra, aqui)

O CFP se refere à história da personagem Laura (Bella Piero), em "O Outro Lado do Paraíso". A jovem ainda sofre com sequelas físicas e psicológicas dos abusos que sofreu do padrasto, Vinicius (Flávio Tolezani), na infância.

Na nota, o Conselho afirma que "é consenso no Brasil de que pessoas com sofrimento mental, emocional e existencial intenso devem procurar atendimento psicológico com profissionais da Psicologia, pois são os que têm a habilitação adequada."

A emissora emitiu nota sobre o assunto: "As novelas são obras de ficção, sem compromisso algum com a realidade. A Globo reconhece a importância de todos os seus programas para discussões e reflexões sobre assuntos de interesse da sociedade e está atenta à responsabilidade que lhe é atribuída sobre todos os temas abordados. O que a novela ‘O Outro Lado do Paraíso’ quer mostrar com o desenvolvimento da trama da personagem Laura é o processo pelo qual passa uma pessoa que precisa de ajuda, recorrendo a diferentes e variadas formas de apoio e terapias, das mais às menos ortodoxas. É importante reiterar, ainda, a seriedade com que a novela ‘O Outro Lado do Paraíso’ tem abordado, desde a estreia, questões relacionadas a diferentes tipos de abuso e preconceito. Corroborando o compromisso da Globo com a sociedade, está prevista a exibição, ao final de alguns capítulos, de cartela de divulgação do Ligue 100, número oficial para denúncias de violação de direitos humanos".