Banhara relata soco, tapas e chutes de marido, e diz: "Ele acabou comigo"
Renata Banhara disse ter sido espancada pelo marido e registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher, em São Paulo. Segundo a modelo de 42 anos, o caso ocorreu no dia 25 de janeiro, mas somente agora foi divulgado.
Ao UOL, por telefone, Banhara não revela a identidade do companheiro --sabe-se apenas que os dois são casados no papel há seis anos--, mas afirma que a confusão começou depois que descobriu uma suposta traição dele, no dia 17 de janeiro.
A modelo conta que esperou passar alguns dias, até que pediu ao marido para conversar e revelar a ele que já sabia do seu romance com uma jovem. Houve discussão entre os dois, o homem teria a agredido com soco, tapas e chutes, quebrado o celular em sua cabeça, abriu a janela e sugerido que a modelo pulasse do 21º andar. O filho mais velho de Banhara interveio a tempo.
"Ele acabou comigo psicologicamente. Voltei à estaca zero", disse ela, que vinha se recuperando --física e psicologicamente-- de uma infecção bacteriana no cérebro.
Após o episódio, Banhara saiu do dúplex onde o casal vivia no Morumbi, zona sul de São Paulo, registrou o boletim de ocorrência e voltou ao apartamento depois que a Justiça determinou que ele deixasse a casa com base na Lei Maria da Penha. Ela fez ainda o exame no IML (Instituto Médico Legal).
"Eu fiquei na rua na véspera do feriado. Voltei para casa na segunda [depois que ele saiu de casa]. A Lei Maria da Penha funciona, graças a Deus. Eu estou com todas as medidas cabíveis", disse Banhara, acrescentando que também já deu entrada no processo de separação.
Banhara afirmou ainda que conseguiu filmar a agressão e que os quatro vídeos já estão no poder da delegacia que investiga o caso.
O UOL entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, para ter acesso ao boletim de ocorrência, que confirmou o registro. "Uma mulher de 42 anos foi vítima de violência doméstica por volta da 1h30 de quarta-feira, 24/1, na rua Itapimirum, Vila Andrade, Zona Sul de São Paulo. A vítima contou à polícia que teve um desentendimento com seu companheiro, com o qual possui união estável", informou em nota.
De acordo com a Secretaria, Banhara foi à delegacia acompanhada do filho, Marcos Banhara, de 19 anos: "Durante a briga, o autor de 49 anos a segurou com força pelo braço e quebrou seu aparelho celular. O filho da vítima, de 19 anos, acompanhou a mãe até a sede da delegacia confirmando o fato. Segundo ele, o autor teria trancado os dois em um quarto impedindo que ambos fizessem a queixa. O caso foi registrado como injúria, dano, violência doméstica e vias de fato pela 1ª DDM, que encaminhou a 3ª DDM responsável pela área".
"Sobre o crime de violência doméstica, trata-se de ação pública incondicionada, não tendo como impedir o prosseguimento do fato. A vítima solicitou pela medida protetiva para afastamento do autor", diz o texto. A Secretaria de Segurança disse não estar autorizada a divulgar o nome do marido de Banhara até a instauração do inquérito policial.
Assista ao relato de Banhara para o programa "TV Fama":
Quase um mês depois
O caso ocorreu na madrugada do dia 25, mas Banhara decidiu abrir o jogo e divulgar o ocorrido agora, quase um mês depois do episódio.
"Eu pensei muito nesses dias se deveria compartilhar essa história, afinal de contas é uma história íntima e machuca muito a minha alma. Não tem dor maior do que essa [traição, violência doméstica]. Não queria fazer por impulso. Teria que ter um por quê. E eu sei que as mulheres precisam de ajuda", justificou.
Nome do marido é mantido em sigilo
Banhara decidiu manter o nome do suposto agressor em sigilo. Sabe-se apenas que os dois foram casados por seis anos e namoraram por dois. É empresário, fora do meio artístico, segundo ela.
Questionada sobre o motivo que a leva a não divulgar o seu nome, Banhara resumiu. "Eu aprendi na vida e com relacionamentos anteriores, a nunca mais atrelar ninguém ao meu nome. Eu não sou ex de mais ninguém. E nunca vou ser. Tanto é que você nunca vai ver uma foto minha no buscador [ao lado do] meu marido. As pessoas nunca vão lembrar de mim como 'a ex dele'. Elas vão se lembrar o que aconteceu comigo", justificou. "Ele é empresário, um homem trabalhador, não é político, não é artista", prosseguiu.
"Além disso tem uma questão maior: para não parecer que é vingança. Se eu falo o nome dele, o emprego dele, eu estarei o prejudicando. E não quero vingança, eu quero Justiça", garantiu.
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