Quem é Jane Austen e como sua obra influencia a nova novela das 18h
Depois de chorar muito com os dramas dos protagonistas de “Tempo de Amar”, o público irá viajar para o fictício Vale do Café, onde se desenrola a saga das irmãs Benedito, que prometem viver altas aventuras em busca do amor.
Romântica e cômica, “Orgulho e Paixão”, nova novela das 18h, é inspirada no universo da inglesa Jane Austen, responsável por diversos clássicos da literatura. Mas quem é a autora e de que forma seus livros estão presentes no folhetim?
Nascida no vilarejo de Steventon, no sul da Inglaterra, Austen foi a sétima filha de uma família de oito – seis meninos e duas meninas. Filha de um pároco, ela era muito próxima de sua irmã mais velha, Cassandra.
Nenhuma das duas chegou a se casar. Existe, inclusive, uma história de que Jane teria quase se casado com um herdeiro de uma família do condado, entretanto, desistiu um dia depois de concordar com a união.
Com um estilo irônico, se tornou famosa por analisar os relacionamentos e a convivência da classe média britânica durante o início do século XIX. O trabalho de Austen também é reconhecido por criticar o estilo mais sentimental e melodramático dos romances do século XVIII.
Seu primeiro romance publicado foi “Razão e Sensibilidade” (“Sense and Sensibility”), em 1811. Depois, vieram clássicos como “Orgulho e Preconceito” (“Pride and Prejudice”), e “Emma”, todos com protagonistas femininas de fortes personalidades.
A escritora morreu em 1817, vítima da Doença de Addison. O irmão de Austen, Henry, foi o principal responsável por anunciar a identidade dela para o mundo – até então, os livros da autora eram publicados de forma anônima.
Em 2007, a história da autora virou filme, intitulado "Amor e Inocência" ("Becoming Jane"), com a atriz Anne Hathaway no papel da inglesa.
De clássicos a zumbis
A obra de Jane Austen já foi amplamente adaptada para os variados meios.
Na TV, foram produzidas diversas séries. Em 1952, “Orgulho e Preconceito” virou uma minissérie, com Daphne Slater e Peter Cushing nos papéis principais. Em 1958, a BBC produziu uma outra minissérie, dessa vez com Jane Downs e Alan Badel como protagonistas.
Mas foi em 1995 que a BBC produziu uma das versões mais conhecidas e elogiadas da obra, com Jennifer Ehle e Colin Firth nos papéis principais.
A rede britânica ITV também adaptou a obra em uma nova produção para a TV: a série de fantasia “Lost in Austen”. “Emma”, “Mansfield Park” e “Persuasão” também viraram minisséries.
No cinema, os romances de Jane Austen ganharam suas versões mais famosas. Em 2005, “Orgulho e Preconceito” ganhou uma de sua versões mais famosas, com Keira Knightley e Matthew Macfadyen nas peles de Elizabeth e Darcy, o casal protagonistas. O papel rendeu a Keira uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz.
Os clássicos de Austen também ganharam adaptações curiosas ao longo dos anos, como a comédia hit da Sessão da Tarde “As Patricinhas de Beverly Hills” (1995), livremente inspirado em “Emma”, além do terror-comédia "Orgulho e Preconceito, e Zumbis" (2016).
Uma novela, seis romances
O autor Marcos Bernstein, que assina “Orgulho e Paixão”, misturou personagens e situações criados pela escritora inglesa para desenvolver uma trama original, situada em um cenário brasileiro.
Além de contos da britânica, “Orgulho e Paixão” inspira-se em “Orgulho e Preconceito”, “Emma”, “A Abadia de Northanger”, “Mansfeld Park”, “Razão e Sensibilidade” e “Lady Susan”.
Algumas semelhanças são visíveis logo nas chamadas. As irmãs Benedito, protagonistas da história, são, claro, as irmãs Bennet, figuras centrais de “Orgulho e Preconceito”.
O casal principal da novela também foi extraído da mesma obra, com uma versão "aportuguesada": Elizabeth Bennet se transformou em Elisabeta Benedito (Nathalia Dill) e Fitzwilliam Darcy se tornou Darcy Willamson (Thiago Lacerda). Já a melhor amiga de Elisabeta, a casamenteira Ema (Agatha Moreira), por exemplo, é baseada na personagem do romance homônimo.
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