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Karol Conka sobre morte de Marielle Franco: "Temos uma voz grande"

Marielle Franco foi alvejada com quatro tiros, no dia 14, no Rio de Janeiro - Rodrigo Chadí/Fotoarena/Folhapress
Marielle Franco foi alvejada com quatro tiros, no dia 14, no Rio de Janeiro
Imagem: Rodrigo Chadí/Fotoarena/Folhapress

Felipe Pinheiro

Do UOL, em São Paulo

23/03/2018 20h16

Logo ao chegar no primeiro dia de Lollapalooza, a rapper Karol Conka comentou a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), alvejada com quatro tiros na cabeça, no centro do Rio de Janeiro, no último dia 14. O assassinato da ativista gerou comoção e protestos em várias capitais brasileiras.

"Eu acho esse acontecimento trágico mostra o quanto a gente tem uma voz grande. Gente de fora do Brasil comentou...", disse ela sobre a repercussão do crime.

Feminista, a cantora reclamou ainda da falta de mulheres em festivais como Lolla: "Com certeza grandes marcas precisam dar mais espaço."

Morte de Marielle gerou comoção

Feminista, negra, mãe e cria da favela da Maré. Era dessa forma que a vereadora Marielle Franco (PSOL) se definia.

Antes do assassinato, ela havia acabado de participar do evento "Jovens Negras Movendo as Estruturas", na Lapa, região central do Rio. Marielle morreu aos 38 anos, no mesmo dia em que se comemora o aniversário da escritora Carolina Maria de Jesus, uma das muitas mulheres negras que faziam parte de suas inspirações e da qual lembrou durante sua última atividade política. Ela deixa uma filha de 20 anos.

O início de sua militância por direitos humanos tem um fator em comum com o fim de sua vida: a violência. Logo após ingressar em um pré-vestibular comunitário, ela perdeu uma amiga, vítima de bala perdida, em um tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré, conjunto de favelas na zona norte da capital fluminense.

Além de Marielle, o motorista que a acompanhava, Anderson Gomes, também morreu na ocasião. A polícia investiga o caso, mas ninguém foi preso até o momento.