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"Já sou de uma geração em que a mulher é poderosa", diz Claudia Leitte

Claudia Leitte no "Encontro" - Reprodução/Globo
Claudia Leitte no "Encontro" Imagem: Reprodução/Globo

Do UOL, no Rio

26/03/2018 11h55

Claudia Leitte refletiu sobre o momento atual da mulher na sociedade, em que ela ocupa seu espaço, mas ainda sofre com assédio e preconceito em muitas situações.

"É um momento de transição, de mudança. Tem muitos casos de assédio sendo revelados, muita gente importante falando isso. Então, é preciso que haja militância, um comportamento que imponha respeito, mas é preciso esperar, respeitar o tempo. A gente viveu muitos anos de opressão como mulher, então é preciso respeitar o tempo. Acho que a mulher é tão inteligente... Empoderamento feminino, pra mim é redundante, já sou de uma geração em que a mulher é poderosa, admiro mulheres poderosas", disse ela no "Encontro desta segunda-feira (26).

"Acho que a gente tem ocupado cada vez mais espaços, a gente não vai agredir no meio desse turbilhão de preconceitos que a gente sofreu nesse tempo todo. Então a gente hoje sabe chegar, com o jeito que a gente tem, o jeito de mulher. Vai dar tudo certo", completou a cantora.

"E cada vez tem que marcar mais essa posição porque na sua família você teve isso logo, algumas famílias não tiveram, viram mulheres muito oprimidas, então tem que saber que está na hora de marcar essa posição", disse Fátima Bernardes.

Bruno Montaleone, o Johnny de "O Outro Lado do Paraíso", disse que nos lugares com menos informações, muitas mulheres ainda sofrem.

"Quando eu era menor, sempre achei as mulheres muito mais inteligente que os homens, tudo bem, sei que isso é só do meu meio. Tem muita gente sendo assediada o tempo todo. Acho às vezes que está mudando um pouco, mas nos lugares onde não chegam informações, talvez não tenha chegado", opinou.

Fátima mostrou no programa a campanha "DeixaElaTrabalhar", lançada por mulheres jornalistas que atuam na área esportiva contra o assédio.

"As mulheres estão trabalhando nesta área há muito tempo, talvez enfrentassem isso de uma maneira mais silenciosa, com mais receio de falar...", disse ela que já cobriu algumas Copas do Mundo para a Globo.