"Intervenção no Rio não vai acabar com 30 anos de desgraça", detona Faustão
Fausto Silva voltou a falar de política em seu "Domingão". Durante o "Ding Dong", enquanto Luan Santana se apresentava, o apresentador quis saber de Bárbara Paz como anda o projeto da atriz de fazer um documentário na Rocinha e detonou a situação social do Rio de Janeiro e do país.
"A Rocinha é muito mais que uma simples favela, é uma cidade, tem mais de 200 mil habitantes. E mostra bem a ausência do poder público total. O brasileiro em geral é abandonado, paga imposto e não recebe absolutamente nada, só vê corrupção e o pior, o desalento de não tem um poder em que confiar. Por isso a gente fala, tem que pensar bem em quem votar", iniciou.
"Saber dos problemas, todo mundo sabe. Nessa enquete do jornalismo da Globo todo mundo sabe que é educação, saúde píblica, segurança, emprego é o mínimo que qualquer país civilizado tem que ter", continuou, referindo-se à campanha "O Brasil que eu Quero".
Em seguida, ele quis saber se o documentário idealizado pela atriz vai "mostrar a realidade nua e crua". "Ainda é um embrião, é um projeto. Eu passei o Natal lá e isso gerou um começo de documentário. A desigualdade social é muito grande nesse país e estamos vivendo um momento terrível. Esperamos que isso não se prolongue muito, mas não estamos sendo otimistas nesse caso", comentou Bárbara.
"Você tem que ser realista. Não é de uma hora para outra que uma intervenção, como num passe de mágica, vai acabar com 30 anos de desgraça. Aqui no Brasil é uma hipocrisia, 'não vou mais falar favela, vou falar comunidade. Porra, não muda o nome, tem que mudar a realidade. Isso não muda nada, é uma 'quas, quas, quas' e o povo não aguenta mais", detonou Faustão, voltando a um assunto que já tinha dito em julho do ano passado.
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