"A Justiça se fez presente", diz Ana Hickmann após absolvição de cunhado
A apresentadora Ana Hickmann comemorou a absolvição da acusação de homicídio doloso de seu cunhado, o empresário Gustavo Corrêa, de 35 anos, dada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), nesta terça-feira (3).
Corrêa era réu no processo sobre a morte de Rodrigo Augusto de Pádua, fã que invadiu um hotel na região sul de Belo Horizonte e fez a apresentadora de refém em 2016.
"Finalmente um drama acabou!", exclamou a apresentadora da Record, esquecendo-se que o Ministério Público ainda pode recorrer da sentença. "A Justiça se fez presente. A paz entrou em nossos corações. Obrigada a todos que nos apoiaram e uniram a nós nessa batalha! Obrigada à Justiça brasileira!", completou ela, na legenda.
Rodrigo de Pádua morreu após ser atingido por três tiros disparados pelo cunhado de Hickmann. Segundo o Ministério Público, Gustavo Corrêa agiu com intenção de matar e cometeu um homicídio doloso, já que desferiu três tiros na nuca do rapaz. A defesa do acusado argumenta que o réu agiu em legítima defesa, pois entrou em luta corporal com o fã, que além de Ana Hickmann apontou a arma a outros integrantes de sua família.
Nesta terça-feira, no entanto, a juíza Âmalin Aziz Sant'Ana, titular do juízo sumariante do 2º Tribunal do Júri da capital mineira, absolveu o empresário e cunhado de Ana Hickmann. A magistrada considerou que o réu agiu em legítima defesa. A sentença vai ser publicada no dia 5 de abril no Diário do Judiciário eletrônico (DJe).
Em sua argumentação, a magistrada analisou se houve dolo de matar por parte do acusado, se o réu agiu sob a excludente da legítima defesa e se houve ou não excesso por parte do acusado. Ela citou o relato dos envolvidos na situação – tanto na fase do inquérito, como em juízo – e destacou a existência de uma gravação de áudio, feita por celular, dos acontecimentos dentro do quarto do hotel.
"Ficou demonstrado, durante a instrução do feito, que os disparos efetuados pelo réu foram sequenciais, e não efetuados da forma como narrado na denúncia, que dizia que isso ocorreu com a vítima já desfalecida no solo, impossibilitada de oferecer qualquer resistência”, afirmou a juíza, na sentença.
As partes ainda podem recorrer da sentença.
Empresário comemora
Corrêa comemorou a sentença dada pela juíza através de um vídeo publicado em seu perfil, no Instagram. "Queria agradecer muito ao apoio de todos, as mensagens, telefonemas. Não consigo atender a todo mundo. Graças a Deus, tem muita gente me apoiando. Acredito que não poderia ter sido diferente, todo mundo se coloca no meu lugar", disse ele.
"A situação é bizarra e absurda, como eu já disse. Não me arrependo de nada, faria tudo de novo. São três decisões favoráveis a meu respeito contra a decisão do promotor, que insiste em me incriminar. Esse episódio não acabou, mas a gente tem um céu azul pela frente", completou.
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