Diretor da Globo rebate nota divulgada por site parceiro do UOL
O diretor-geral de jornalismo e esportes da Globo, Ali Kamel, rebateu nesta quarta (11) nota publicada pelo site Notícias da TV, parceiro do UOL, sobre a repórter Patrícia Falcoski, sob o título "Ascensão misteriosa de repórter causa estranheza na Globo". Leia, a seguir, a íntegra da nota enviada por Kamel:
"O post 'Ascensão misteriosa de repórter causa estranheza na Globo' causou, isso sim, revolta e repulsa de todas as pessoas de bem na Globo.
As escalações de repórteres são feitas por critérios rigorosamente técnicos pelos chefes de reportagem, sob a supervisão de Cristina Piasentini, diretora de São Paulo. Patricia Falcoski, que tem se destacado com furos em casos complexos de investigações da Polícia Federal, foi escalada para o Cop pela chefe de reportagem Angélica Camargo e depois mantida pelo chefe de reportagem Walter Mesquita. Mariano Boni nada teve com a escalação.
O post cita três repórteres como tendo sido preteridos: Roberto Kovalick, José Roberto Burnier e Cesar Menezes. É muita desinformação. Kovalick estava escalado na cobertura da prisão do ex-presidente em posição nobre, no aeroporto de Congonhas, de onde foi expulso por correligionários exaltados de Lula. Mesmo assim, fechou para o Jornal Nacional a principal reportagem sobre a prisão. José Roberto Burnier está em merecidas férias. E César Menezes estava no outro helicóptero, tendo entrado na programação horas a fio, inclusive nos instantes da prisão efetiva do ex-presidente. Cesar Galvão, outro citado, trabalhou na sexta-feira desde as 4h da manhã, e no sábado, quando se previa o desfecho para depois do ato religioso, de manhã, estava de folga.
Tudo fica mais grave porque em 2015, três anos atrás, este mesmo blog publicou post em relação à Patricia Falcoski com esse título: ‘Repórter novata fura fila do Jornal Nacional e gera ciumeira na Globo’ (http://noticiasdatv.uol.com.br/mobile/noticia/televisao/reporter-novata-fura-fila-do-jornal-nacional-e-gera-ciumeira-na-globo-8363). Nele, estava dito que a repórter, três anos depois de ingressar na Globo, tinha sido promovida para o JN. Seis anos depois, ela continua novata e a insinuação absurda continua a mesma?
É chocante que, em tempos de Metoo, de defesa da igualdade de gênero, um jornalista faça insinuações tão repulsivas e falsas e que afetam de forma extremamente prejudicial a vida dos citados. Quer dizer que, se do sexo masculino, quando repórteres jovens se destacam, é por mérito. Se são do sexo feminino, é por amizade? Como pode um jornalista se prestar a insinuar isso?
Fica registrada a minha revolta pessoal e a solidariedade aos envolvidos, que terão o meu apoio nas decisões judiciais que pretendam tomar.
Ali Kamel"
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