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"Não imaginava que ele seria capaz", diz viúva de Champignon sobre suicídio

Cláudia Bossle, viúva de Champignon, fala da morte do marido no "Conversa com Bial" - Reprodução/TV Globo
Cláudia Bossle, viúva de Champignon, fala da morte do marido no "Conversa com Bial" Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

26/04/2018 18h09

Cláudia Bossle, viúva do músico Champignon, relembrou o suicídio do marido, em setembro de 2013. A cantora, que estava grávida na época, conta que ficou surpresa com a atitude do baixista do Charlie Brown Jr, que deu um tiro na cabeça no escritório de sua casa. 

“Não imaginava que ele seria capaz desse ato. Nós falávamos sobre isso. Ele falava que era o pior tipo de morte”, revela Cláudia em entrevista ao programa “Conversa com Bial”, que vai ao ar na noite desta quinta-feira (26).

Champignon posa para foto ao lado da mulher, Claudia Bossle Campos, em foto publicada no Facebook dela - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Claudia Bossle e Champignon
Imagem: Reprodução/Facebook

Cláudia afirma que Champignon mudou de comportamento logo após a morte de Chorão, vocalista do grupo, que morreu vítima de overdose seis meses antes do suicídio do marido.

“Ele demonstrou irritabilidade, tristeza, mas não notei um ‘pedido de socorro. O que encontrei depois, mexendo nos cadernos de música dele, vi que ele escrevia que vivia num pesadelo sem fim”, conta ela, emocionada.

O ‘Conversa com Bial’ vai tratar de suicídio com a presença de jornalistas e especialistas. O apresentador cita o caso de três adolescentes de São Paulo que se mataram com diferenças de dias e que pouco se fala do assunto.

“Na imprensa e na mídia em geral, há o acordo implícito de não dar destaque, não noticiar suicídios. Tem o efeito epidêmico da ideia suicida, já verificado em momentos históricos. Quando o assunto chega às manchetes, é porque é impossível ignorar. A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no mundo, segundo a ONU. É mais que as vítimas de homicídios e guerras somadas. No Brasil, são 32 suicídios por dia. Tão importante quanto falar, é saber ouvir”, informa Bial.