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Fafá de Belém se posiciona sobre feminismo e empoderamento: "Exagerado"

Fafá de Belém e a filha, Mariana, participam do "Programa do Porchat" - Antonio Chahestian/Divulgação/Record TV
Fafá de Belém e a filha, Mariana, participam do "Programa do Porchat" Imagem: Antonio Chahestian/Divulgação/Record TV

Colaboração para o UOL

01/05/2018 08h04

Fafá de Belém falou o que pensa sobre feminismo no "Programa do Porchat" de segunda-feira (30). Ao lado da filha, Mariana Belém, a cantora condenou os radicalismos que acontecem no discurso.

"Eu vivi os anos 70. Nós tínhamos uma liberdade de escolha, de comportamento, foi quando se rompeu uma série de barreiras. Há muita confusão hoje no que é realmente é empoderamento e no que é manipulação machista sobre o que seria uma liberdade. Uma menina de 11 anos, com uma minissaia dois dedos abaixo da pepeca, dançando funk e filmando com o celular, isso é empoderamento? Ela não sabe o que é o corpo dela", opina.

"Um dia fui em um debate e disseram 'primeiramente fora homens'. Contaram uma história de uma mulher em Copacabana que um homem piscou para ela no sinal e ela não gostou. Na minha geração, isso era o máximo, era o que a gente queria. Sou de um tempo que para a gente saber se estava realmente gostosa passava em frente a uma obra. Se assobiassem...", conta, soltando sua gargalhada característica. 

"Está havendo uma confusão de defesa do que é empoderamento e o 'tudo pode'. Acho que está exagerado. Daqui a pouco vai ter que pedir: 'licença, posso te cortejar? Não vai levar a mão e assinar aqui que não é assédio eu te chamar para sair?'", reflete Fafá.

"De um lado, desculpa, tem o funk, do outro, o empoderamento. Onde isso se cruza? Virar uma peça de carne que neguinho batuca na bunda não é empoderamento, é um retrocesso e ceder de novo à exposição da mulher. O corpo é seu, mas se cuide, se proteja. Sou doida, mas sou careta", finaliza a cantora.