Cauã Reymond lembra bulllying durante "Belíssima": "Um ator me sacaneou"
Há 16 anos, Cauã Reymond fez sua estreia na TV em "Malhação" (2002) na pele do galã Maumau. Três anos depois, o ator fazia sua primeira novela no horário das 21 horas, em "Belíssima". Hoje com nove novelas, seis séries e mais de 20 filmes no currículo, Cauã lembrou que, à epoca, sofreu com inseguranças, pediu dicas aos veteranos e até sofreu bullying nos bastidores da trama de Silvio de Abreu, em que viveu o garoto de programa Mateus.
"Teve um ator que me sacaneou no começo da novela e falou: 'Você veio de 'Malhação', né? Você consegue andar e falar?", contou no evento para divulgar a reprise da novela no "Vale a Pena Ver De Novo" nos estúdios Globo, na quarta-feira (16).
O elenco presente quis saber quem foi o colega de profissão que fez isso, mas ele não entregou o nome: "Maldosinho, né? Hoje é amigo, eu perdoo", completou.
O ator contou ainda que, interessado em aprender cada vez mais, ele visitava os estúdios de gravação do elenco, principalmente de cenas de Fernanda Montenegro com Irene Ravache, apenas para observar a forma delas atuarem e trocava muita ideia com Vera Holtz, que interpretou a socialite Ornela Sabatini, uma das clientes do personagem.
"Passei um ano com a Vera me pagando os meus programas e eu lembro que toda a gravação eu falava: 'Vera, como eu melhoro, o que eu faço para ser melhor ator?'. Ela falava: 'Você está ótimo'. Enchi o saco dela e, no meio da novela, ela olhou pra mim e falou: 'Quer saber? Vou te falar, senta aí. Ela me falou um monte de coisas importantes que eu sigo até hoje", completou o ator, que fez um agradecimento público à colega.
Em breve, Cauã volta ao ar na minissérie "Ilha de Ferro", com previsão de estreia ainda esse ano na Globo. Na história, ele será Dante, coordenador de produção de uma plataforma de petróleo. "Dante é um cara que tem uma vida extremamente difícil, que está almejando um cargo e esse cargo é ocupado por uma mulher. Meu personagem é extremamente machista e [a série] mostra como ele muda através da história", explica.
O ator disse que as gravações do personagem e o convívio com as colegas de elenco Sophie Charlotte e Maria Casadevall o fizeram ficar mais atento ao feminismo.
"Acho que minha conduta não era errada, mas a forma como eu observava situações era antiquada", observa. "Estar em contato com a Sophie e a Maria, que batalham muito pelo feminismo, abriu uma janela para mim. Comecei a observar algumas coisas que eu não tinha noção e falei: 'Tenho uma filha mulher, como o mundo mudou para as mulheres e que bom que mudou'. Amadureci muito com o Dante".
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