Topo

Emilio Dantas não vê Beto vilão em "Segundo Sol": "Uniu útil ao agradável"

Emílio Dantas é Beto Falcão em "Segundo Sol" - João Cotta/Globo
Emílio Dantas é Beto Falcão em "Segundo Sol" Imagem: João Cotta/Globo

Guilherme Machado

Do UOL, em São Paulo

25/05/2018 14h42

A segunda fase de "Segundo Sol", 18 anos depois, começou nesta quinta (24), mas a falsa morte de Beto Falcão se mantém. Pior: o cantor, que era idolatrado pelo pai, Dodô (José de Abreu), agora é causa de desgosto por ter mantido uma mentira durante tanto tempo. Apesar das ações duvidosas do personagem, seu intérprete, Emílio Dantas, não o vê como vilão. 

"É o lado humano na verdade. Não chega a ser uma vilania. Foi o velho papo de unir útil ao agradável. Ele fez pela família e se acostumou com o dinheiro", diz o ator ao UOL

O próprio Beto perdeu muito do brilho em seu olhar, e vive uma vida mais fútil e conturbada. A vilã Laureta (Adriana Esteves), por exemplo, tripudiou do fato dele ter comprado uma lancha nova. As atitudes do personagem contrastam com o estilo carismático e energético do cantor na primeira fase da trama.

Mesmo assim, Emilio não teme que o público possa começar a rejeitar o personagem: “Não. Quanto mais nuances um personagem tem, melhor. Como nós temos nossos altos e baixos, Beto também terá". 

Após ter se destacado como traficante Rubinho em "A Força do Querer" (2017), Emilio vive agora seu primeiro protagonista no horário nobre da emissora. Ele relata que ainda está descobrindo como retratar um dos principais dramas de seu personagem: o de ter criado o filho, Valentim (Danilo Mesquita), sem que o jovem soubesse que seu padrasto é na verdade seu pai biológico.

"É tão desafiador que eu também estou descobrindo como fazer, aos poucos e junto com o Danilo", admite Emilio.

Na novela, Valentim idolatra o pai, Beto Falcão. Porém, ele não sabe que seu padrasto Miguel e Beto são a mesma pessoa, e acaba vendo o pai de criação como um encostado.