"A mulher no humor tinha que ser feia", conta Fafy Siqueira
Fafy Siqueira relembrou seu início no humor no "Programa do Porchat" de quarta-feira (6). A atriz, que tem humorísticos como "Escolinha do Professor Raimundo", "Os Trapalhões" e "A Praça É Nossa" no currículo, diz que precisou enfrentar alguns estereótipos quando decidiu fazer rir.
"A mulher no humor tinha que ser feia, não podia ser bonita. Elas tinham que ser feias para chamar a atenção, para serem chacotadas. Quando entrei na 'Escolinha', queria fazer uma cantora sertaneja. O Chico Anysio disse: 'pinta o dente'. Falei: 'nem por Deus pai faço isso, quero ficar bonita'", recorda.
"Fui chamada simultaneamente para a 'Escolinha' e a 'Praça'. Fiquei na 'Praça' porque vi aquelas coroas maravilhosas que eram as minhas Xuxas: Consuelo Leandro, a Catifunda [Zilda Cardoso], Nair Bello e a Maria Teresa, que falava [o bordão] 'minha boca é um túmbalo'. Quando fui ao banheiro, encontrei o [Ronald] Golias. Pensei: 'onde eu assino?'".
Embora imite vários famosos, como o próprio Golias, Roberto Carlos, Xuxa, Dercy Gonçalves e outros, nem todos gostaram da versão criada pela atriz. "Elba Ramalho não gostou da minha imitação. Ela não falou, mas fez cara feia. Não achou ruim, mas eu me senti mal. Eu perco a piada, mas não perco o amigo".
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