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Maju relata pânico, tensão e fogo na turbina de avião; voo foi cancelado

Maju Coutinho estreia como apresentadora do Jornal Hoje - Reprodução/TV Globo
Maju Coutinho estreia como apresentadora do Jornal Hoje Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

08/06/2018 20h59

Maju Coutinho, responsável pela previsão do tempo no "Jornal Nacional", relatou momentos de pânico e tensão durante o voo 8101 (Paris - São Paulo), nesta quinta-feira (7). O desabafo ocorreu através de um longo texto publicado nas redes sociais.

Segundo a jornalista, uma passageira --que não teve o nome identificado-- jurou ter visto fogo em uma das turbinas da aeronave. Houve pânico e histeria.

"O avião deveria sair de Paris às onze da noite, mas pouco antes da partida, o comandante avisou que havia um problema eletrônico que levaria quarenta minutos para ser resolvido. Passado o tempo previsto, veio um novo aviso: era necessário esperar mais trinta minutos para a reiniciar o sistema eletrônico do avião”, disse ela.

"No terceiro comunicado, quase duas horas depois do início do problema, o piloto disse que tudo estava solucionado e decolaríamos assim que a torre de controle autorizasse. Porém, antes de finalmente decolarmos,uma passageira jurou ter visto fogo em uma das turbinas do avião e acabou incendiando grande parte da galera que já estava inflamada de tanto stress. Reclamações, então, viraram gritaria que logo culminou em histeria”, continuou.

"Eu recorri à respiração que faço em minhas meditações diárias para manter o mínimo de serenidade e sanidade", completou. 

Após a confusão, o voo 8101 (Paris a São Paulo) foi cancelado. Todos os passageiros passam bem.

Segundo o colunista do UOL Flávio Ricco, Maju viajou a Paris para participar do Fórum Internacional de Meteorologia na sede da Unesco. O evento reuniu apresentadores do tempo das principais emissoras de TV do mundo e um dos seus objetivos foi discutir formas mais efetivas de se trabalhar com isso.

A expectativa é que ela reassuma as suas funções no "JN" somente na próxima segunda-feira (11).

PARTE 2 Eu recorri à respiração que faço em minhas meditações diárias para manter o mínimo de serenidade e sanidade. Ponderei que o piloto, zelando pela própria vida, jamais voaria se não estivesse tudo em ordem com a aeronave. O meu lado catastrófico até lembrou de Andreas Lubitz, o copiloto que teria jogado um avião contra os Alpes franceses matando 150 pessoas, em 2015. Entretanto,quando vi o piloto do voo 8101 Paris-São Paulo conversando com vários passageiros,conclui que não se tratava de alguém com instinto suicida. Ele dizia estar ansioso para chegar ao Brasil, ir à loja de materiais de construção para comprar os últimos itens que deixariam sua churrasqueira prontinha para ser inaugurada no sábado, num almoço de família. Só que os compromissos do comandante, os meus e os dos outros trezentos passageiros tiveram que ser adiados, pois o voo foi cancelado. Segundo o piloto, em situações de pânico o avião não sai do chão por questões de segurança. E era o pânico que imperava, pois mesmo depois do comandante ter garantido que poderíamos voar com total segurança, muita gente continuava gritando e pedindo pra não decolar. Uma passageira ligou pra família no Brasil e recebeu o seguinte conselho: “se insistirem em levantar voo, invada a cozinha do avião e jogue a louça e a comida no chão.” No meio de todo esse caos,o japonês Koh Akiyama, sentado na minha frente, simplesmente reclinou sua poltrona, cobriu-se com um edredom e dormiu até ser avisado pela aeromoça que teríamos que voltar para o aeroporto,onde retiraríamos a confirmação da reserva de um hotel para passarmos mais um dia em Paris. Sábio Koh Ahyama!

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