Repórter xavecado nos EUA recusa comparação com assédio na Rússia
Xavecado por um grupo de mulheres enquanto fazia transmissão ao vivo, em Las Vegas, em 2016, para o canal SporTV, o repórter Ben-Hur Correia se pronunciou na noite desta quarta-feira (20) e diz que cena não pode ser comparada com o assédio cometido por brasileiros a uma estrangeira, durante a Copa do Mundo da Rússia.
"Nessa quarta-feira fui inundado com um monte de mensagens, comentando aquele vídeo engraçado no qual eu sou atacado por um grupo de meninas em Vegas. E tem muita gente usando esse vídeo de uma forma que eu não concordo. Primeiro, a gente não pode comparar a minha situação (naquele vídeo) à situação que a menina russa sofre rodeada por brasileiros. Eu não fui coagido, não fui insultado e não fui induzido a falar palavras que me insultariam em um idioma que eu não conheço. As duas situações são bem diferentes. Segundo, eu sou homem e conseguiria sair daquela situação de forma mais natural", disse ele, em vídeo.
Ben-Hur se refere ao vídeo em que um grupo de brasileiros assedia uma mulher e faz piadas sobre o seu órgão genital durante as comemorações da Copa do Mundo, na Rússia.
No vídeo que circulou nas redes sociais e foi veiculado pela imprensa de vários países, homens vestindo a camisa da Seleção Brasileira aparecem ao lado de uma mulher não identificada. Parecendo não compreender o sentido sexista das frases que o grupo grita, em coro e em português, a moça apenas tenta repetir as palavras sugeridas pelos brasileiros.
Com a repercussão, ao menos dois torcedores que aparecem no vídeo foram identificados -- o advogado pernambucano e ex-secretário de Turismo de Ipojuca Diego Valença Jatoba e o tenente da PM Eduardo Nunes.
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