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Após criticar Silvio Santos, Gaby Amarantos reclama de ataques na web

Gaby Amarantos é entrevistada por Gabriela Pugliesi - Reprodução/YouTube
Gaby Amarantos é entrevistada por Gabriela Pugliesi Imagem: Reprodução/YouTube

Colaboração para o UOL

22/06/2018 08h51

Convidada de Gabriela Pugliesi no YouTube, a cantora Gaby Amarantos falou sobre os ataques que sofreu recentemente após criticar Silvio Santos pela forma como ele trata alguns convidados em seu programa.

"Recentemente, falei sobre comunicadores que estão há muito tempo na televisão e que precisam entender que hoje em dia não dá para fazer piadinha de homofobia, racismo, dessas coisas. E aí, muita gente gosta de ver um comunicador ridicularizando uma pessoa. Tudo virou 'mimimi'. Todas as lutas viraram 'mimimi'. Se a gente fala de feminismo é 'mimimi', se a gente fala de racismo, 'ah, lá vem esse povo se vitimizar", disse ela, que lembrou sobre dados assustadores para alertar. "E não é 'mimimi'. Racismo, homofobia, transfobia, a gente tem o país que mais mata LGBTQ no mundo, que mais mata mulher no mundo. É muito sério. As pessoas entraram nessa moda de 'mimimi', Brasil é dos países que mais mata vidas negras no mundo".

No papo, ela disse ainda sobre seu novo clipe, "Sou Mais Eu", que fala sobre empoderamento. "Precisamos entender que o país é miscigenado, mas a gente, que é negro, olha na TV é não vê isso. O que a gente quer é normalizar a presença das pessoas negras em lugares de beleza. Entender que tem vários padrões e tipos de beleza. Aí convidei mulheres negras, plus, indígenas. Foi muito fazer esse clipe, trouxemos também a questão da liberdade sexual", disse.

No papo, Gaby ainda falou sobre como se cuida hoje aos 39 anos e das mudanças que fez em sua vida em busca de uma rotina mais saudável.

"A gente está se cuidando mais. Minha mãe com 39 parecia que tinha 60. Eu queria ter uma vida mais saudável, mas a nossa vida de artista, ainda mais eu que sou artista, é muito corrida. E era falta de conhecimento, tem coisas tão simples que dá para fazer em hotel", disse ela, que hoje tem uma dieta basicamente vegana. "Para a minha vida, saúde, principalmente espiritual, me faz bem. Para mim foi mais por conta da preservação da Amazônia. Eu sou do Norte. Viajo muito de avião ali e vejo que a floresta está começando a desaparecer".

Feliz com seu corpo, a cantora diz acreditar que ajuda outras mulheres a se cuidarem. "Eu acho que ajudo muitas mulheres que são plus, ou curvilíneas. Tem uma opressão que a gente sofre na academia. Tem gente que fica mal quando vê alguém que é malhada ou tem abdômen tanquinho. Você tem que se aceitar e ser feliz. Eu falo muito de gordofobia pois o gordo é um oprimido social. A gente tem que entender que tem pessoas felizes assim, cada um é feliz de um jeito", opinou.