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Após tirar calça em 2014, Datena comenta jogo da Copa como se fosse crime

Datena comenta Copa do Mundo com bom humor - Marcelo Ferraz/UOL
Datena comenta Copa do Mundo com bom humor Imagem: Marcelo Ferraz/UOL

Gilvan Marques

Do UOL, em São Paulo

22/06/2018 15h53

José Luiz Datena tem roubado atenção ao fazer comentários inusitados durante as transmissões de jogos do Mundial da Rússia pela Rádio Bandeirantes.

O apresentador comenta os jogos como se fossem reportagens do seu antigo programa policial, com pérolas como "Essa defesa argentina beira o crime hediondo!"; "desandou a maionese argentina"; "todos os nomes deles [croatas] parecem nomes de remédio".

Ao UOL, por telefone, Datena relembrou os tempos em que fazia humor ao lado do repórter Márcio Canuto em coberturas de Copas do Mundo pela Globo. Segundo ele, usar "crime hediondo", por exemplo, é uma forma de satirizar o "Brasil Urgente", programa policial que comandou até o mês passado antes de migrar para as tardes de domingo.

"Grande parte da minha carreira foi fazendo o humor. E ali na transmissão da rádio também dá para fazer isso. O crime hediondo foi uma sátira, obviamente, ao 'Brasil Urgente', mas vem da época do Luciano do Valle", contou.

Em 2014, Datena prometeu raspar o cabelo se a Argentina fosse a campeã ou apresentar o "Brasil Urgente" apenas de cueca caso o Brasil perdesse na semifinal --neste caso, a seleção perdeu e ele cumpriu a promessa ao vivo e em rede nacional.

Questionado pela reportagem se já pensa em alguma nova promessa, Datena respondeu. "Eu não quero fazer uma promessa nessa cobertura porque, caso eu vire político, quero ser um político diferente, cumprindo as minhas promessas", disse ele, ressaltando não acreditar que o Brasil irá vencer o Mundial.

Eleições

Sobre sua provável candidatura ao Senado, ele afirmou: "A possibilidade de abandonar a TV é muito real, mais real do que a última vez. Desta vez as chances são maiores, a coisa está mais avançada. A decisão eu vou tomar nos próximos dias".

Filiado ao DEM, ele tem até o dia 30 para tomar uma decisão e sair do ar. 

"Já houve reuniões com pessoas interessadas que eu saia candidato ao Senado e a decisão depende de um cara, um mentor, um cara que eu confio muito, que é o Johnny Saad [presidente do Grupo Bandeirantes]", afirmou.