45 horas sem dormir, dor e mais perrengues de Naiara no "Show dos Famosos"
Quem viu Naiara Azevedo caracterizada e produzida para suas apresentações no "Show dos Famosos" nem imagina os perrengues que ela passou nos bastidores do "Domingão do Faustão", no qual homenageou Shakira, Joelma, Claudia Leitte, Cyndi Lauper e Adele, entre outras. A cantora de "50 Reais" fez quase todas as suas apresentações sem dormir, por conta da agenda de shows, e passou vários sufocos.
Naiara faz uma média de 15 shows por mês, a maioria, no fim de semana. Na reta final da competição, que acaba no domingo (8), ela revelou as dificuldades que enfrentou para conciliar a participação no Faustão e sua agenda normal.
"Todos os dias foram um grande desafio. Não sabia nem se conseguiria cantar porque sempre chegava muito rouca, venho 'virada', uma ou duas noites sem dormir. Fazendo dois shows no sábado ou na sexta e no sábado. O único dia que eu dormi, foi o da Skakira. Dormi duas horas no avião e mais seis no hotel. Foi a única vez que pude dormir antes de ir ao ar no programa", contou, no intervalo do ensaio, na terça-feira (3) nos Estúdios Globo.
Para não perder o ritmo, Naiara procurou estúdios de dança para ensaiar nas cidades onde se apresentou Brasil afora.
"Deixava de dormir para passar a coreografia", lembra.
No dia em que imitou Claudia Leitte, ela estava super segura, mas surgiu um imprevisto.
"Estava sem voz! Fiquei nervosa, desesperada e chorei. Tinha uma fono me acompanhando na estrada, que trabalha comigo. Tomei remédio para ver se a voz voltava, fiz terapias... Por fim, à noite, com muito esforço, a voz voltou, não como deveria, mas consegui executar meu número. Esse dia foi desesperador para mim", lembra.
Para representar Joelma no palco, a sertaneja revelou que começou a ter problema na semana de ensaio.
"Foi uma dificuldade muito grande com a dança. No segundo dia de ensaio, estava me arrastando. O pescoço e as costas travadas, as pernas. Vivia à base de analgésicos, ensaiava chorando."
"Nunca mais quero colocar nos meus pés aquela bota [que usou para fazer Joelma]. Para mim, foi um desafio tremendo ficar em cima daquela bota. Foi ótimo quando acabou a música e eu não tinha caído nem tropeçado e ainda estava com a peruca na cabeça. Já estava feliz só por aquilo. E foi a minha apresentação que mais repercutiu", entrega.
45 horas sem dormir
Por incrível que pareça, houve uma apresentação ainda mais difícil: a de Cyndi Lauper, em 29 de abril.
"Foi quando tive um amadurecimento pessoal, profissional e espiritual. Estava há mais de 45 horas sem dormir nada, nem encostei no avião, eu estava virada mesmo. No intervalo de tempo, fiz cinco shows, estava hiper desgastada."
"Vim do interior de Santa Catarina, cheguei no programa e ainda tinha voz, mas não a que eu precisava para fazer ela, muito mais aguda. Não consegui alcançar. Fora que, o dia inteiro, eu fiquei pilhada, chorando, nervosa por conta do estresse mesmo", completa.
"Cheguei no meu limite. Pensei: 'E agora? Não tenho força pra levantar o braço, pra pular, pra cantar. O que eu vou fazer?' Foi o dia que entendi que não sou uma máquina, que sou um ser humano e que tenho limites. Aprendi naquele dia a respeitar os meus limites."
Para piorar, a maratona não acabou no Faustão. "Tinha um show para fazer depois do programa. Saí desesperada. Quando ouvi a Claudia [Raia] falar: 'Você não conseguiu alcançar a voz dela'. Realmente não consegui, me calei. Não tinha porque justificar aquilo ali, não cabia me vitimizar. Topei o desafio e tinha que executar e pronto", conta.
Mesmo sem dormir e com pouca energia, ela saiu do palco correndo, arrancando a peruca e a caracterização, preocupada com a apresentação em um festival de música no Autódromo de Interlagos.
"Fiz uma trancinha de cada lado, nunca fui tão mal arrumada para um show. Não tirei a maquiagem, fui com o olho da Cyndi Lauper, passei um batom, coloquei um tênis, coisa que nunca faço, sempre uso salto. Cheguei correndo, já tinha extrapolado o horário do alvará, não era mais para ter show. Tinham 60 mil pessoas me esperando. Subi no palco, a única coisa que consegui fazer foi chorar. Coloquei para fora todo meu nervosismo, toda minha emoção. Foi a apresentação mais importante que fiz na vida até hoje", recorda.
Prótese no rosto
"Eu reverencio os meus colegas que usaram aquela prótese. Não coloco isso na minha cara nunca mais. Me senti sufocada, amarrada. Me deu um desespero quando eles amarraram minha garganta com aquele negócio e eu não conseguia cantar, não conseguia abrir a boca. O pessoal da caracterização ficou desesperado porque eu queria arrancar, não queria fazer aquilo. E, na hora que subi no palco, cantei sem referência vocal".
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