Topo

Tiago Leifert lembra sufoco em campanha contra Galvão: "Preciso fazer algo"

Tiago Leifert falou sobre a campanha "Cala Boca, Galvão" com Galvão Bueno na Copa do Mundo de 2010 - Reprodução/TV Globo
Tiago Leifert falou sobre a campanha "Cala Boca, Galvão" com Galvão Bueno na Copa do Mundo de 2010 Imagem: Reprodução/TV Globo

Paulo Pacheco

Do UOL, em São Paulo

12/07/2018 20h42

Tiago Leifert relembrou o sufoco que passou com a campanha "Cala Boca, Galvão", que virou assunto mundial durante a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. O apresentador contou como teve a ideia de tentar falar com o narrador esportivo da Globo sobre a brincadeira contra ele próprio, criada na internet simulando um projeto de proteção à fictícia ave galvão, que estaria em extinção no Brasil, e que pegou até o jornal "The New York Times".

"Estávamos fazendo 'Central da Copa' em 2010, no Rio, e começou esse negócio. 'Cala Boca Galvão' estava em primeiro nos Trending Topics [assuntos mais comentados do Twitter], notícia no 'The New York Times' e eu me coçando na mesa. 'C..., preciso fazer alguma coisa, pelo amor de Deus'. Mandei e-mail perguntando se eles [os diretores] estavam acompanhando e falei: 'Acho que a gente devia brincar com isso também'", disse Leifert em entrevista ao canal Desimpedidos.

A direção do programa, então, colocou Leifert em uma situação embaraçosa e pediu para o apresentador brincar com Galvão imediatamente. "Eles falaram: 'Logo depois que acabar a transmissão do jogo, temos mais cinco minutos de satélite. Entre no estúdio e fale com ele'. Legais vocês, hein? Valeu!", ironizou.

Galvão, segundo Leifert, não foi pego de surpresa. O narrador já sabia da campanha contra ele e entrou na brincadeira dizendo apoiar a proteção ao pássaro que levava seu nome.

"Mas alguém deve ter falado para ele: 'Vamos falar daquele negócio do Cala Boca'. Na hora que entrei e falei que ele precisava conversar sobre um assunto, ele falou: 'Eu já sei o que é, é aquele negócio do papagaio'. Ele levou numa boa. Ele é um cara legal, entendeu a brincadeira", recordou Leifert.

Embora tenha levado na zoeira durante a transmissão ao vivo, Galvão se assustou com a campanha contra ele. Em seu livro de memórias, "Fala, Galvão!", o narrador esportivo descreveu a brincadeira "como se míssil nuclear tivesse caído na minha cabeça".

"Eu sabia que alguém tinha começado essa história por achar que eu havia falado muito na transmissão da cerimônia. Eu falo muito mesmo. Aí esse alguém criou e disponibilizou o vídeo do 'Cala a boca, Galvão' na internet, isso virou um rastilho de pólvora e foi crescendo. Fiquei assustado, de verdade, quando pensei que tinha uma Copa inteira pela frente. Como é que eu faria?", contou.