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Nudes, bullying e pegação: Evandro Santo fala sobre como foi se assumir gay

Ze Carlos Barretta/Folhapress
Imagem: Ze Carlos Barretta/Folhapress

Jonathan Pereira

Colaboração para o UOL

27/07/2018 06h56

Evandro Santo comentou sua vida no "The Noite" de quinta-feira (26). O ex-integrante do "Pânico na Band" afirma que foi importante assumir sua homossexualidade cedo.

"Imagina você em Uberaba (MG) em 1986, 1987. Era terrível, jogavam goiaba na cabeça o dia inteiro. Mas quando me assumi com 12 (anos) pararam de fazer bullying comigo. Arrumei uma molecada mais velha para andar, aí nem ligava, dublava Madonna, fazia o diabo".

Em casa também havia implicância com seu jeito. "A mãe chamava a atenção, falava 'engrossa a voz. Imita o Zico e não a Madonna'. Meu padrastro arrumou emprego 'de homem' para mim: pegar pneu, oficina mecânica, supermercado...".

Assédio

O humorista conta que despertava mais curiosidade nos homens quando não era conhecido. "Eu era muito mais paquerado antes de ser famoso. Vivia pegando gente no metrô, sempre tinha uns pontos estratégicos", revela.

Santo também mandou nudes, mas afirma não ter coragem de fazer isso atualmente. " Só (mandava) no começo dos anos 2000, no bate-papo do UOL, mandava muito. Fiz nudes terríveis: pelado em cima de uma bola vermelha, pendurado em uma escada, de costas em uma lata de lixo...".

As panicats ficavam à vontade ao seu lado, conta. "Vi todas peladas. A Sabrina [Sato] fazia xixi na minha frente. A Aline Mineiro mexeu comigo, porque eu fiz uma cena de beijo com ela".

Ele diz o que o leva a não ser bissexual. "Já fiquei com mulher, mas não consumei o ato. Tenho medo de gostar e ter que virar a cabeça tudo de novo. Nenhuma mulher vai confiar em mim, se eu disser que vou comprar cigarro vai achar que vou dar a bunda (risos)".