Dalla Vecchia usou casos da família para fazer alcoólatra em "Malhação"
Para mostrar o fundo do poço que pode levar o alcoolismo, Carmo Della Vecchia usou de lembranças de pessoas de sua família para contar o drama de Rafael, seu personagem em "Malhação – Vidas Brasileiras", um alcoólatra que tem uma recaída após ter ficado anos sem beber.
"Tenho casos presentes na família. De todas as drogas, o álcool é a única aceitável na sociedade. As pessoas não enxergam na proporção que tem. É uma doença", afirmou o ator de 47 anos e 23 de televisão.
A recaída de Rafael pela bebida ocorre quando o filho Márcio (André Luiz Frambach) tentar sabotar sua relação com Gabriela (Camila Morgado). Como tinha casos de pessoas com dependência por álcool entre familiares – ele não explicou o parentesco - Carmo não precisou recorrer a pesquisas.
"Pessoas de perto na família que me inspiraram a fazer [o personagem]. O vício do álcool é muito comum, as pessoas têm um grande problema em casa e preferem não enxergar. Não consegui ajudar [o familiar]. É difícil fazer o que meu personagem fez, que é procurar ajuda no AA [Alcoólicos Anônimos], reconhecer que passa pela doença", explicou.
Outra fonte de inspiração para o ator vem de uma prática pessoal de 20 anos. Carmo é budista da linha Nitiren Daishonin e nos últimos dez anos é o responsável por um distrito da religião no Rio.
"Faço quatro horas de oração por dia. [O budismo] é muito presente na minha vida. Me deixa mais sensível. Até na criação de personagens minha prática me ajuda muito. A compreensão da prática budista é entender que o outro faz parte de você, que o universo ao seu redor é um reflexo do que você carrega dentro de si. As pessoas não escutam o que o outro está falando, mal se dão bom dia ou não se olham no rosto."
Três meses depois de entrar no ar com "Malhação", Carmo estreou em São Paulo a peça "1984", inspirada no livro de George Orwell. A produção saiu de cartaz em julho, mas volta em outubro e com a presença do ator.
"Era um desejo tão grande de fazer esse espetáculo que eu conciliava com as gravações. Às vezes, em uma semana, fazia dois bate e volta só para ensaiar. É um prazer do ofício. Nada é mais importante", diz.
"Nunca fiz um balanço da minha carreira, nunca consegui parar de trabalhar. Sempre fui muito feliz. Esta gostoso fazer a 'Malhação' e teatro ao mesmo tempo", concluiu.
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