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Juliano Laham e Pedro Henrique Müller comemoram história de amor em novela

Pedro Henrique Müller e Juliano Laham em cena de "Orgulho e Paixão" - Reprodução/Instagram
Pedro Henrique Müller e Juliano Laham em cena de "Orgulho e Paixão" Imagem: Reprodução/Instagram

Rodrigo Soares

Colaboração para o UOL

27/08/2018 07h47

Os mais recentes capítulos de "Orgulho e Paixão", deram destaque para a história de Luccino (Juliano Laham) e capitão Otávio (Pedro Henrique Müller, que se amam mas sofrem com o preconceito da época sobre o relacionamento entre dois homens.

No domingo (26), Juliano usou sua conta no Instagram para agradecer pela repercussão do personagem e por contar o belo romance que eles vivem.

"Hoje venho aqui com o coração agradecido e cheio de esperanças por um mundo com mais amor ao próximo. Sou grato a Deus e a cada um que tem me mandado mensagens de carinho pelo Luccino, pela energia positiva que sinto vindo de vocês e também por conseguir transmitir os puros sentimentos desse personagem. Obrigado Pedro Henrique Müller,   por contar junto a mim essa história", escreveu ele.

Pedro Henrique também falou do prazer em contar essa história. "A novela é feita agora em 2018 e dialoga com questões fundamentais do nosso tempo. Tempo em que estamos chamando atenção para a pluralidade de narrativas, que não sejam apenas narrativas únicas, para que outras pessoas também possam se reconhecer naquilo que elas veem na tv. Isso é de uma importância gigantesca. Todos os avanços que tivemos desde a época em que se passa a novela até hoje foram frutos de muita resistência e muita luta. Poder falar sobre isso na televisão é um deles! Essas histórias precisam e devem ser contadas. Não podem mais ficar à sombra ou renegadas à marginalidade", defendeu ele. 

To aqui pensando no que posso escrever para descrever o tamanho da alegria que é receber com tanto carinho a história de Luccino e Otávio. O tamanho da importância que isso representa. Orgulho & Paixão é minha primeira novela e logo de cara ganho a oportunidade de contar essa história tão linda e delicada. Otávio sofreu uma transformação muito grande ao longo da trama, foi descobrindo aos poucos a si mesmo. Otávio é um oficial militar que se vê pressionado pelo seu entorno a manter uma conduta, a não sair do seu eixo. Essa descoberta de si é algo muito complexo quando se pensa em como a homossexualidade é vista historicamente. Na década de 10 do século XX, isso era uma questão tão distante da realidade, justamente por ser tão condenada socialmente e vista como um desvio da norma que deveria ser combatido. Ou seja: era praticamente impossível se reconhecer nesses desejos e nesses afetos porque eles não se apresentavam como possibilidades. Otávio e Luccino não tinham acesso a essas narrativas, muito embora elas sempre tenham existido. Acontece que foram silenciadas e excluídas durante séculos por não serem aceitas dentro de um padrão de sociedade heteronormativo. Esse padrão da heteronormatividade sempre impediu e excluiu histórias como as deles. Qualquer interesse amoroso que fugisse da heterossexualidade não poderia ter outro fim senão o de viver uma vida à margem, oculta ou duramente perseguida por práticas sociais, políticas ou religiosas. Sempre uma questão estrutural, de fato. Mas isso está mudando. A novela é feita agora em 2018 e dialoga com questões fundamentais do nosso tempo. Tempo em que estamos chamando atenção para a pluralidade de narrativas, que não sejam apenas narrativas únicas, para que outras pessoas também possam se reconhecer naquilo que elas veem na tv. Isso é de uma importância gigantesca. Todos os avanços que tivemos desde a época em que se passa a novela até hoje foram frutos de muita resistência e muita luta. Poder falar sobre isso na televisão é um deles! Essas histórias precisam e devem ser contadas. Não podem mais ficar à sombra ou renegadas à marginalidade. (... continua nos comentários)

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