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"Sou muito passional, ciumenta, tenho humor violento", diz Maria Ribeiro

O cantor Gilberto Gil e a atriz Maria Ribeiro  - Ana Paula Amorim/Divulgação
O cantor Gilberto Gil e a atriz Maria Ribeiro Imagem: Ana Paula Amorim/Divulgação

Jonathan Pereira

Colaboração para o UOL

11/09/2018 22h22

Maria Ribeiro falou um pouco de si a Gilberto Gil no programa "Amigos, Sons e Palavras" desta terça-feira (11), no Canal Brasil. A atriz comentou seu temperamento e o lado feminista.

"Não me acho difícil, sou muito passional. Eu erro muito, sou muito ciumenta, horrível. Acho uma coisa tão mal educada ter ciúme... Eu me magoo muito fácil, ao me magoar, para não ficar muito frágil, eu fico violenta. Tenho um humor violento, uma acidez", explica.

Ela conta que seu tom às vezes a faz ser mal compreendida. "Sou muito apaixonada, às vezes falo com meus filhos, eles acham que estou brigando". O passado tem influência sobre isso, revela. "Fui criada em uma família bem machista. Meu primeiro amor foi meu pai, era muito apaixonada por ele. Ele dizia: 'você pensa e fala igual homem'. Eu cresci achando que isso era incrível, que eu era diferente da minha mãe e irmã".

Levou tempo para se autoconhecer e ficar em paz. "Fui ter prazer em ser mulher de dez anos para cá. Fui me permitindo chorar, ser volúvel, mudar de ideia, aceitar meus humores. Sim, tenho TPM, fico menstruada, passarei pela menopausa, tenho medo de envelhecer e perder a beleza", confessa, aos 42 anos.

Gil também quis saber sobre as bandeiras que a atriz defende. "Sou muito feminista. Sou brava, me coloco, mas não gosto de estar nos grupos. Gosto de levantar: 'que feminismo é esse que mulheres estão batendo nas mulheres?'", questiona Maria, dizendo como vê as liberdades da mulher atualmente.

"A gente sempre foi muito reprimida, fui criada com 'fecha a perna', 'fala baixo'. As mulheres mais novas tem uma liberdade com o corpo sensacional. A gente vem falando muito sobre nossos desejos. Sou super a favor da legalização do aborto. Na verdade no Brasil não é proibido abortar, é proibido ser pobre. Todas as minhas amigas ricas abortaram".