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Ratinho alfineta Porchat e relembra boa fase nos anos 90: "Matava o Galvão"

Ratinho alfineta Porchat  - Marcus Godoy/Record TV/Divulgação
Ratinho alfineta Porchat Imagem: Marcus Godoy/Record TV/Divulgação

Jonathan Pereira

Colaboração para o UOL

19/09/2018 06h29

Ratinho falou sobre a carreira no "Programa do Porchat" de terça-feira (18). O apresentador contou o que mudou do "Ratinho Livre", que comandava na Record no fim dos anos 90, para o seu atual programa no SBT.

"Me deram um estudiozinho, cabia 20 pessoas sentadas, não tinha câmera, não tinha nada, a Record estava começando e me botaram para disputar com o 'Jornal Nacional'". Ele viu o salário se multiplicar. "Eu ganhava R$ 20 mil por mês, entrei aqui com R$ 120 mil, no outro mês aumentaram para R$ 520 mil sem eu pedir. Aí foi R$ 720 mil, uma beleza".

A audiência dava muitas vezes a liderança à Record. "Cheguei a dar 36 pontos contra 22 da Globo. Matava o Galvão Bueno em audiência, quarta-feira era meu melhor dia", diverte-se, referindo-se ao dia em que é exibido futebol.

Ele não esquece as críticas que sofria. "Ficava p*** da vida, queria matar jornalistas. Hoje não, estou cagando e andando. Não sou estourado, só se a pessoa estiver com maldade. Hoje eu mudei o programa porque o circo de horrores está na internet. Tive que reinventar. Para vender comercial é melhor um programa sem horrores. Programa policial não vende comercial", revela.

Disputado

Quando saiu da CNT, em Curitiba, Ratinho afirma que tinha várias propostas. "Parece mentira, mas na mesma semana fui convidado pela Globo, SBT, Record, Band e Manchete. A Globo queria me dar um programa só em São Paulo. Escolhi a Band porque, se eu fizesse sucesso lá, a Record me chamaria. Assinei o contrato, estava tudo certo, tudo pronto, entrou o dono e disse: 'não quero você na minha televisão, não é o tipo de pessoa que eu quero no meu elenco'", recorda.

Antes que voltasse de mãos abanando para o Paraná, as coisas se encaminharam. "Tinha desistido das outras [emissoras] e me arrependi. Na saída [da Band], o Eduardo Lafon [diretor da Record na época] me colocou dentro de um jipe. Quando cheguei aqui, o contrato já estava pronto e era muito melhor".

De verdade

O apresentador garante que não tem enganação em seu programa. "Faz 21 anos que faço o teste de DNA e até hoje acham que é falsificado, montado. Como alguém consegue manter uma farsa 21 anos?", questiona, contando uma passagem curiosa. "Já apanhei de uma velha e levei uma microfonada, fiquei um minuto desmaiado".

Ele não perdeu a chance de alfinetar Porchat, já que havia recusado inicialmente participar da atração com mágoa por o apresentador não ter ido a seu programa. "Não estou aqui por sua causa, estou pelos 65 anos da Record. Convidei você 500 vezes e você inventa as desculpas de sempre". Porchat prometeu ir na atração.

Realizado com seu momento atual, Ratinho diz o que o move. "Eu faço [televisão] não para ganhar mais dinheiro, mas para ganhar mais troféus".