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"Fiquei quatro anos com vergonha", diz João Gordo sobre trabalho na Record

João Gordo e Luciana Gimenez no programa "Luciana By Night", da RedeTV! - Divulgação/RedeTV!
João Gordo e Luciana Gimenez no programa "Luciana By Night", da RedeTV! Imagem: Divulgação/RedeTV!

Paulo Pacheco

Do UOL, em São Paulo

02/10/2018 13h31

João Gordo se arrepende de ter trabalhado na Record. O apresentador e roqueiro relembra no "Luciana By Night", programa da RedeTV! que irá ao ar nesta terça-feira (2), o período em que integrou a equipe do humorístico "Legendários" com Marcos Mion, e disse à apresentadora Luciana Gimenez que sua saída da MTV foi conturbada.

"Puxaram meu tapete lá. Foi na hora que o [Marcelo] Adnet entrou, todos os holofotes se voltaram para ele e a gente, que era a cara da MTV, ficou de lado. Aí comecei a entrar em confronto com uma chefe nojenta lá e o Mion falou 'vamos para a Record'. E eu falei 'eu? Na Record? Fazer o que lá, os bagulhos de crente'. E ele me provou por A mais B que o 'Legendários' ia ser foda", conta João Gordo.

"Era muito popular para mim. Fiquei lá quatro anos com vergonha. Curto fazer umas coisas mais a minha cara. Para mim, o Legendários era um 'Sabadão Sertanejo', picante, gospel", descreve, citando o programa apresentado por Gugu Liberato no SBT, no início dos anos 90.

João Gordo também revela ser avesso ao status de celebridade. "Sempre me senti incomodado com a fama e o assédio. Tenho bode. Acho chato tirar foto e antigamente as pessoas não tinham uma máquina [fotográfica] na mão. Não gosto, acho besta".

Vocalista da banda punk Ratos de Porão há 35 anos, o roqueiro e proprietário de um restaurante vegano vive uma fase cheia de saúde, sem drogas e carne, para dar exemplo aos filhos Victória, de 14 anos, e Pietro, de 13.

"Eu era um gordão doido, uma bomba relógio a ponto de ir para o inferno. Agora sou bem careta. Já faz um bom tempo que parei de fumar maconha. Fumei maconha durante 40 anos, cara! Tenho que dar bons exemplos. Bicho não se come. Para virar vegetariano e vegano, você tem que pegar raiva e nojo, mas não fico tentando influenciar ninguém nem colocando o dedo na cara", explica.