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Aula sobre fascismo em "Malhação" viraliza durante período eleitoral

Professora Gabriela (Camila Morgado) ensina sobre fascismo para os alunos em "Malhação - Vidas Brasileiras" - Reprodução/TV Globo
Professora Gabriela (Camila Morgado) ensina sobre fascismo para os alunos em "Malhação - Vidas Brasileiras" Imagem: Reprodução/TV Globo

Paulo Pacheco

Do UOL, em São Paulo

09/10/2018 16h07

Uma cena de "Malhação - Vidas Brasileiras" viralizou às vésperas da votação do primeiro turno das eleições, no último domingo (7). Na novela, a professora Gabriela (Camila Morgado) ensinou aos alunos o que é fascismo, sistema político totalitário relacionado por uma parte dos eleitores ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), primeiro colocado no pleito para presidente.

O vídeo, exibido pela Globo em 21 de março, foi compartilhado nas redes sociais desde sexta-feira. No Facebook, a cena acumula 1,5 milhão de visualizações. No Twitter, uma publicação teve mais de 530 mil acessos.

A "aula" sobre fascismo aconteceu quando Pérola (Rayssa Bratillieri) foi chamada por colegas de "ladra" após o pai dela, Eduardo Mantovani (Edson Celulari), ser preso por corrupção. Gabriela reuniu os estudantes na biblioteca do Colégio Sapiência para discutir a reação agressiva contra a aluna.

"Não dá para acusar e agredir uma colega como vocês fizeram com a Pérola ontem", repreendeu a professora. Hugo (Leonardo Bittencourt) a rebateu: "Alguém falou alguma mentira aqui? Vai ficar defendendo corrupto agora?".

Talíssia, então, o chamou de fascista: "Hugo, cala essa boca, seu fascista ridículo! Você quer um livro de História? Eu posso te dar um livro, se você quiser!". Gabriela deu bronca em Hugo, por tê-la acusado de "defender bandido", e em Talíssia, por ter xingado o colega. Em seguida, dirigiu-se com os estudantes até o pátio da escola e ensinou o que é fascismo.

"O fascismo é uma conduta política extremamente autoritária que usa a violência no lugar do diálogo. Pode variar de acordo com a época e o lugar, mas tem características que vão se repetir", explicou a professora. "Essa conduta cresce em tempos de crise. Por quê? Porque os fascistas geralmente inventam um inimigo comum para levar a culpa da crise. Portant, esse inimigo comum deve ser destruído, exterminado. E prestem atenção, porque é assim que eles estimulam a violência e a falta de diálogo", continuou.

A professora também falou sobre "fake news", lembrou o ditador nazista Adolf Hitler e contou sobre a perseguição a judeus, gays, artistas e comunistas, entre outros grupos que não se adequavam ao "padrão ariano" do sistema totalitário alemão. E concluiu pedindo para os alunos procurarem sempre se informar por meio de notícias verdadeiras.