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Carol Duarte faz prostituta apelidada de "Lady Gaguinha" em novela das nove

Carol Duarte vive a prostituta Stefânia em "O Sétimo Guardião" - João Cotta/Globo
Carol Duarte vive a prostituta Stefânia em "O Sétimo Guardião" Imagem: João Cotta/Globo

Marcela Ribeiro

Do UOL, no Rio

20/10/2018 04h00

Depois de viver o transexual Ivan em "A Força do Querer", Carol Duarte terá um desafio bem diferente em "O Sétimo Guardião", de Aguinaldo Silva, próxima novela das 21h, que estreia em 12 de novembro. Ela viverá Stefânia, uma das prostitutas do bordel de Ondina (Ana Beatriz Nogueira) na fictícia Serro Azul.

"É muito diferente esse trabalho. A Stefânia é uma prostituta gaga. Fiz preparação com uma fonoaudióloga e descobri que têm muitos tipos de gagueira. É claro que não é muito fácil, até dou uma suada tentando falar gaguejando. Mas está sendo uma experiência legal como atriz", contou ela, no intervalo das gravações nos Estúdios Globo. Por conta do distúrbio, Stefânia recebe o apelido de Lady Gaguinha.

Bem diferente de Ivana/Ivan, Stefânia é uma mulher sensual que gosta do próprio corpo e se sente bem. Para o papel, Carol visitou alguns prostíbulos e conversou com garotas de programa. "Uma das partes mais legais da minha profissão é encontrar esses universos diferentes. Existe prostituição de luxo, vários tipos de mulheres na rua, no bordel. Eu tentei falar com algumas de vários lugares, mas principalmente com as prostitutas que vivem num bordel não tão luxuoso."

O que mais chamou atenção foi quando ela perguntou se as mulheres sentiam prazer quando estavam transando com seus clientes. "Elas disseram que não e falaram: 'Mas eles acham que a gente sente'. E elas riam muito disso. Percebi que é um trabalho, que não é ali que vai sentir prazer, vai sentir prazer em um outro lugar. Isso é interessante. Quando elas falavam dos homens naquele ambiente, eles eram meio patéticos."

Na trama, a personagem se envolverá com João Inácio (Paulo Vilhena), frequentador assíduo do bordel. "Quando penso na história da Stefânia, pode ser cômico uma pessoa gaga, mas esse limite do que é cômico e do que não é, me interessa mais. Às vezes, o engraçado quando olhado profundamente não é nada engraçado."