Ator emenda 14 papéis no ano, mas nunca é galã: "Não pego ninguém"
Miguel Nader é o "malvado favorito" da TV e do cinema. Somente em 2018, o ator emendou 14 papéis em novelas, filmes e séries, sempre em papéis "ogros". Atualmente, é um bandido na série "Impuros", da Fox, e um segurança no filme "Tudo Por Um Popstar". Em 23 anos de carreira, nunca interpretou um galã e espera finalmente ser o mocinho da história.
"Para mim, seria um grande desafio. Estou fazendo um filme em que tenho uma mulher. Pergunta se eu beijo em cena... não, nem isso! Brinco que ser galã não é ser bonito, é questão de atitude", afirma Miguel Nader ao UOL. O ator de 43 anos já conviveu com galãs como Rodrigo Lombardi e comprovou: ser mocinho deixa o ator mais bonito.
"Se fizer um pegador em novela, as pessoas vão achar que você é lindo. Quando faz um feio, ou um que não é pegador, já não há tanto êxtase assim. Brinco que já que não tenho beleza, tenho pegada", diz, aos risos.
O bom humor de Nader contrasta com seu tamanho: 1,84m e 120 quilos. Ele faz piada até com a ausência de galãs no currículo por deixar em paz seu casamento de 24 anos: "Perguntam se minha mulher tem ciúmes. Ciúmes de quê? Não pego ninguém e só me chamam para fazer papel de ogro!".
De bancário a ator
Em 2018, Nader atuou nas séries "Impuros" (Fox), "Rio Heroes" (Fox Premium), "DAS: A Divisão" (Multishow), Z4 (SBT/Disney), "Rua Augusta" (TNT), "O Mecanismo" (Netflix) e "D.P.A." (Gloob). Entre os filmes, estão "Tudo Por Um Popstar", "Nada a Perder", "Os Encrenqueiros", "Antes Que Eu Me Esqueça" e "Atração de Risco". Na TV aberta, ele apareceu em "As Aventuras de Poliana" (SBT) e "Orgulho e Paixão (Globo).
"Tenho trabalhado bastante, como sempre. Sou muito grato por ter poucos hiatos na carreira. Posso não estar no cinema ou na TV, mas faço teatro. O mercado hoje não é só Globo, se expandiu. Todo mundo está fazendo séries, produzindo. Só não trabalha quem não está sendo lembrado", comemora.
Os sucessivos trabalhos --alguns ainda não estrearam-- deixam o ator, nascido no interior do Rio de Janeiro, mais tranquilo de que fez a escolha certa ao trocar o emprego de bancário para estudar teatro, em 1995: "Foi uma decisão certa, graças a Deus".
"Nunca sou só aquele bronco, que nem pensa direito, vou humanizando. Não me incomoda fazer bronco. Se tiver que fazer 50 seguranças, vou fazer com sangue nos olhos", explica o ator.
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