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Adriana Bombom comenta falta de paquitas negras: "Me tornei a única"

Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Jonathan Pereira

Colaboração para o UOL

14/11/2018 06h44

Adriana Bombom relembrou no "Luciana By Night" de terça-feira (13) os tempos em que trabalhava como dançarina e assistente de palco de Xuxa. Ela dividia as câmeras com as paquitas e o grupo You Can Dance nos extintos "Xuxa Hits" (1996/97) e "Planeta Xuxa" (1997/2002).

"Não tinha paquita negra, eram todas loiras. Tinha sempre uma cobrança, passava geração mas nunca entrava uma negra. Fui ficando, me tornei a paquita única", afirma, recordando como era estar sob a batuta da Rainha dos Baixinhos e de Marlene Mattos, então diretora.

"São pessoas que sou muito grata, me deram muita oportunidade. O trabalho era bem puxado, mas era muito satisfatório. Tudo aconteceu ali, primeiro carro, viagem, casa... elas me adotaram. Era muito bom trabalhar com elas, as paquitas, a gente se divertia muito".

Mas como se conheceram? "Comecei a fazer trabalho de figurante quando trabalhava em uma loja de um shopping. Numa dessas, me convidaram na academia para completar o quadro. O cachê era R$ 50. A Marlene viu meu desempenho e me convidou para trabalhar. Saí com o dinheiro,o autógrafo e o emprego", comemora.

Bombom, no entanto, não foi um apelido dado pelas duas. "Todo mundo acha que foi a Xuxa, mas não foi. Na loja em que trabalhei tinham várias Adrianas e cada uma tinha um apelido", diz ela, que também já trabalhou como doméstica e babá.

Quando o assunto é racismo, a repórter do "TV Fama" fica séria. "Quem não [sofreu]? Tudo magoa, a falta de oportunidade, o desmerecimento da sua cor, do seu cabelo, tudo é muito grave. Eu faço a louca, fico triste mas passa".

Thalita e Olívia, suas filhas adolescentes com Dudu Nobre, têm uma mãe linha-dura. "Pego no pé mesmo, são muito bagunceiras. Lavar uma louça, dar uma descarga não custa".