Topo

Ex-VJ da MTV fala de depressão no "Bem Estar": "Era muito difícil existir"

Ex-VJ da MTV, Cuca Lazzarotto fala de sua depressão no "Bem Estar" - Reprodução/Globo
Ex-VJ da MTV, Cuca Lazzarotto fala de sua depressão no "Bem Estar" Imagem: Reprodução/Globo

Carolina Farias

Do UOL, no Rio

19/11/2018 12h06

Em uma série sobre depressão, o "Bem Estar" trouxe no programa desta segunda-feira (19) a empresária Regina Lazzarotto como entrevistada para falar sobre a doença. A personagem já foi grande conhecida do público jovem nos anos 1990 quando era a VJ Cuca na MTV. Em um depoimento emocionante, ela contou como a depressão a fez se sentir outra pessoa.

"Me sentia estranha em minha própria vida. Como se eu tivesse esvaziado, era um olhar sem vida. Comecei a me fotografar, fazer selfie e fiquei muito impressionada com o que vi e o que eu não vi. Estava em um estado de estafa absoluta, cansaço muito grande, físico, mental e emocional. Era muito difícil existir", contou a empresária.

Ex-VJ MTV, Cuca Lazzarotto, conta sobre depressão no "Bem Estar" - Reprodução/Vimeo - Reprodução/Vimeo
Imagem: Reprodução/Vimeo
Cuca, hoje com 50 anos, começou bem na MTV com 22 anos. Ela ficou à frente do "Disk MTV" por seis anos e depois desse período foi repórter do "Domingão do Faustão", além de apresentar edições do Rock in Rio. Ao longo da carreira passou pelo Disney Channel, TV Brasil e TV Cultura, onde apresentou o "Metrópolis".

Ao "Bem Estar" ela relatou que chegou a pensar em desistir e sobre como as pessoas tratam quem está com a doença. "Me lembro de sentar e falar com Deus 'não quero mais, não vou mais fazer força', 'não quero mais, desliga pelo amor de Deus'. As pessoas falam 'vai fazer o que você gosta'. Não existia mais nada que eu gostasse na vida", disse.

A depressão foi diagnosticada na ex-VJ há três anos e atualmente ela toma antidepressivos para lidar com a doença. Além disso, ela segue as recomendações médicas, como trabalhar menos, pratica meditação e faz terapia.

"Quando o remédio começou a fazer efeito foi um alívio gigantesco. Falei para mim mesma e repito 'se eu precisar tomar pelo resto da vida vou tomar porque não vou voltar para aquele lugar de jeito nenhum'. Hoje olho para o futuro cheia de esperança, de expectativa, de vontade, de cuidar, se amar e se reconhecer porque depois de uma depressão a gente nunca é a mesma", afirmou.