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"Fui selecionado para ser o Cirilo brasileiro", revela Lázaro Ramos

Lázaro Ramos falou da infância e carreira para Tatá Werneck em mais uma program do "Lady Night"  - Gianne Carvalho/Multishow
Lázaro Ramos falou da infância e carreira para Tatá Werneck em mais uma program do "Lady Night" Imagem: Gianne Carvalho/Multishow

Jonathan Pereira

Colaboração para o UOL

21/11/2018 00h00

Lázaro Ramos falou de sua infância e carreira no "Lady Night" desta terça-feira (20). O ator revelou que, bem antes de estrear na Globo, quase deixou Salvador e foi fazer novela no SBT, nos anos 90.

"Fui ator mirim, quando tinha 10 anos fazia alguns programas na TV local. O SBT estava fazendo uma versão de 'Carrossel', 'Colégio Brasil'. Eu fui selecionado para ser o Cirilo brasileiro. Não fui porque o salário era baixo e meu pai não me deixaria ficar sozinho em outro Estado sem ele", contou. A novela foi exibida em 1996 e tinha Maria Padilha, Giuseppe Oristânio e Patrícia de Sabrit no elenco. 

Quem o vê falante não imagina que quando criança era diferente. "Eu era menino criado preso em uma casa com quintal, muito estudioso, seríssimo. Minha família não deixava eu brincar na rua, mas ao mesmo tempo era uma família muito afetuosa, que se reunia para rir junto. Só virei aluno extrovertido quando fui para a escola pública, comecei a fazer teatro".  

Falando em teatro, o pai era contra "Meu pai a princípio não queria que eu fizesse por medo da dificuldade de se manter. Um dia ele foi ver minha primeira peça. Quando acabou ele me segurou, não me disse nada, mas com o olhar dele senti que ele não podia dizer com palavras que me autorizava a ir atrás do meu sonho. Eu não esqueço esse olhar dele nunca"

Fiasco no cinema

Tatá Werneck fez questão que o ator falasse do filme "Cinderela Baiana" (1998), protagonizado por Carla Perez e do qual fez parte do elenco. "Você quer falar desse assunto? Olha, Tatá (risos), veja: um menino, necessitado de ter seu espaço, de aparecer um bocadinho, te chamam para fazer um filme desse, o que você faz? Aceita e luta para fazer. batalhei, fiz teste, me empenhei e achava que ia ser bom". 

Apesar do longa ter sido massacrado pela crítica, é importante em sua carreira. "É o filme que faz com que eu permaneça como ator. Eu trabalhava no hospital nessa época, ganhava um salário mínimo. O filme começou a atrasar, tinha multa por atraso. Recebi 30 salários mínimos de cachê, pensei: tenho 30 meses para dar errado. Botei tudo no banco, pedi demissão do hospital e comecei a ser só ator". 

Romance com Taís

Lázaro relembrou também como foi o início do namoro com Taís Araújo - com quem hoje tem dois filhos, João Vicente, de 7 anos, e Maria Antônia, de 3. "Ela era noiva. Eu estava gravando [o seriado] 'Sexo Frágil' ela 'Da Cor do Pecado'. Mandei flores pro estúdio dela, ela mandou de volta". 

Ele também não estava solteiro. "Eu tinha uma ficante, peguei um táxi e fui com o buquê. Ela disse 'é pra mim?' Era amiga de uma amiga de Taís. Eu sem saber de nada encontro Taís numa festa, ela bate no meu ombro e diz: 'se eu soubesse que você ia dar a flor que eu te dei para outra mulher, não tinha te dado'. Todo errado. Sei que errei, pafo por isso até hoje".

Os dois não se metem no trabalho um do outro. "A gente não dá toque de carreira. Durante um tempo já, mas depois a gente entendeu que tem tanto crítico no mundo que a gente tem que apoiar um ao outro". 

A relação de 14 anos vai bem, obrigado. "A gente ainda dorme junto, conversa muito, isso alimenta o casamento. A gente se fala todo dia, tem piada para contar e se diverte muito junto", garante.