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"Me achava velho para papel, que burro", diz Betti sobre volta de Pitaguary

Ypiranga Pitiguary (Paulo Betti) em "A Indomada" (1997) e em "O Sétimo Guardião": ex-prefeito de Greenville agora é empreiteiro - Reprodução/João Cotta/TV Globo Montagem/UOL
Ypiranga Pitiguary (Paulo Betti) em "A Indomada" (1997) e em "O Sétimo Guardião": ex-prefeito de Greenville agora é empreiteiro Imagem: Reprodução/João Cotta/TV Globo Montagem/UOL

Gilvan Marques

Do UOL, em São Paulo

27/11/2018 04h00

O inesquecível (e corrupto!) prefeito Ypiranga Pitiguary está de volta! Mas, por pouco, seu intérprete, Paulo Betti, não recusou o convite do autor de "O Sétimo Guardião", Aguinaldo Silva, para reviver um dos seus personagens mais icônicos, 21 anos depois, por achar que estava velho demais. 

Ao UOL, Betti explicou que acabou sendo convencido pelo autor quando descobriu que, assim como ele, o personagem também envelheceria na história. "Eu respondi a ele que achei a ideia ótima, mas que eu estava velho para o papel. Olha que burro! Depois saquei que o personagem envelheceu também, óbvio. Achei muito boa a ideia, quando entendi", diz, rindo, o ator de 66 anos.

Ypiranga Pitiguary fez sucesso em "A Indomada", novela de Aguinaldo que foi ao ar em 1997. Antes prefeito de Greenville, o personagem retorna em "O Sétimo Guardião" como dono de uma empreiteira. Ele deve permanecer na trama por cerca de 50 capítulos.

Betti conta que, diferentemente da primeira versão, o novo Ypiranga possui mais referências. "É diferente, porque agora tenho mais referências e misturo tudo. Todos os personagens que fiz nas novelas do Aguinaldo Silva-- foram seis!?-, coloco tudo ali", afirma.

Embora o público dos anos 1990 e de hoje seja diferente, Betti garante que o retorno recebido nas ruas tem sido positivo. "As pessoas estão gostando do personagem, ainda bem", diz.

Com quase 50 anos de carreira, Betti participou de novelas, séries e minisséries na Globo e teve rápida passagem pela Record. Na lista, estão produções como "Os Maias", "Paraíso Tropical" e "Metamorphoses", entre outras. Ele, no entanto, considera Aguinaldo Silva como uma espécie de amuleto de sua trajetória na televisão.

"Aguinaldo me deu meus maiores sucessos de público. Ele percebe e incentiva a criação. Trabalhei em 'Tieta', 'A Indomada', 'Pedra Sobre Pedra', 'Império' e agora em 'O Sétimo Guardião'. É muito bom fazer as novelas dele. São carregadas de mistério e humor", elogia.